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Na interpretação de Suplicy, apesar de Alckmin ter utilizado uma "linguagem pugilística", o presidente Lula saiu-se bem no embate. O senador avaliou como natural a cobrança de Alckmin em relação à origem dos R$ 1,7 milhão que seriam utilizados por pessoas ligadas ao PT para a compra do dossiê contra o PSDB.

Entretanto, Suplicy ressaltou que a apreensão do dinheiro foi realizada pela Polícia Federal (PF), órgão subordinado ao Ministério da Justiça, chefiado pelo ministro Márcio Thomaz Bastos, "do governo do presidente Lula". Da tribuna, Suplicy demonstrou otimismo no esclarecimento do chamado "caso dossiê" por parte dos órgão de investigação, como a própria PF e o Ministério Público Federal.

- Espero que possam, todos os órgãos responsáveis pela averiguação dos fatos, contribuir para que saibamos de tudo - disse.

O senador aproveitou para enaltecer a decisão do presidente do PT, Ricardo Berzoini, de pedir licença da direção do partido até que seu suposto envolvimento no caso seja esclarecido. Suplicy disse ainda não ser verdadeira a afirmação do candidato Alckmin de que o Programa Bolsa Família não exige contrapartida das famílias beneficiadas. O senador disse que a legislação "exige a contrapartida de freqüência à escola, de estarem as pessoas sendo vacinadas, as gestantes terem o seu acompanhamento de saúde". Ao final do pronunciamento, Suplicy cumprimentou o estudioso Edmund Phelps, da Universidade de Columbia, por ter recebido o Prêmio Nobel de Economia. Em aparte, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) também comentou o debate na TV Bandeirantes.

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