Delcídio, Serys, João Pedro, Augusto Botelho, Paim e Zambiasi apoiam líder do PT



O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse, em aparte ao discurso do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que a crise que hoje atinge o Senado tem origem em práticas gerenciais e administrativas adotadas há muito tempo, sem que houvesse modificações, e não em desvios éticos. Ele frisou que a crise é de responsabilidade de todos os 81 senadores, seja por equívoco ou omissão.

Delcídio lamentou que o Senado tenha entrado em uma "barafunda inadministrável" e ressaltou a necessidade de se trabalhar com afinco na busca da reengenharia da instituição. Para isso, assinalou, será necessário ter paciência e tolerância com a Mesa atual, que quer trabalhar, mas precisa de tempo para fazer as mudanças necessárias.

- A responsabilidade é de todos nós, não tem bandido nem mocinho, temos que nos juntar para ultrapassar essa crise e sair mais forte do que entramos - declarou.

Para Delcídio, o Senado foi muito prejudicado por declarações e posicionamentos dos próprios parlamentares em relação à crise por que passa a instituição. Ele lembrou que senadores foram ofendidos "como organizadores de quadrilha, como bandos", o que considerou inaceitável. Delcídio também criticou o que chamou de "criação de castas", de grupos que se definiram como éticos, já que, afirmou, todos os senadores são iguais.

Já a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) apontou a necessidade de "despersonalizar a crise", porque a saída de uma pessoa não vai resolver tudo, já que em sua opinião esta não é uma crise de pessoa ou de partido, mas sim estrutural. Para ela, "não há passe de mágica e a saída precisa ser construída por todos". Em sua opinião, o debate que se estabeleceu nesta quinta-feira, durante o discurso do senador Aloizio Mercadante vai ajudar os parlamentares a encontrarem a solução que o Senado precisa "para que seja edificada uma instituição grandiosa e transparente".

Os parlamentares da bancada do PT elogiaram a posição de seu líder, Aloizio Mercadante, e defenderam a legitimidade do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater os desdobramentos da crise.

O senador Paulo Paim (PT-RS) se disse indignado com as críticas ao fato de o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva "sair em defesa do Senado", ao ligar para o presidente da Casa, José Sarney. Para ele, "é natural" o presidente de um dos Poderes da República telefonar para o presidente de outro Poder, sendo de partidos diferentes. "É um gesto de nobreza", disse.

João Pedro (PT-AM) ressaltou a autonomia da bancada petista e refutou qualquer interferência do Planalto.

O senador Augusto Botelho (PT-RR) defendeu apuração das denúncias e responsabilização dos que praticaram irregularidades, e disse esperar que o exemplo da mudança sirva para assembléias legislativas, câmaras de vereadores e outras instituições públicas pelo país.

Já Sérgio Zambiasi (PTB-RS) ressaltou que é necessário reconhecer o trabalho do 1º secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), e da Mesa, que adotou "medidas nunca antes tomadas". Observou, no entanto, que a velocidade dos fatos não acompanha as soluções adotadas.



02/07/2009

Agência Senado


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