Demóstenes comenta posição desfavorável do Brasil no IGP 2009
Os índices de criminalidade registrados no Brasil voltaram a colocá-lo em posição desfavorável na apuração do Índice Global da Paz 2009 (IGP) pelo Institute for Economics and Peace, organização de pesquisa independente, sem fins lucrativos, dedicada à promoção do interrelacionamento entre negócios, a paz e o desenvolvimento econômico. O fato foi levado ao Plenário, nesta quarta-feira (10), pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), revelando que o IGP 2009 posicionou o Brasil no 85º lugar entre os 144 países avaliados.
De acordo com o parlamentar, o pior posicionamento do país foi apresentado em relação ao número de homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Atualmente, a média nacional é de 27 homicídios por 100 mil habitantes, embora o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, publicado em 2008 pela Organização dos Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, aponte a cidade de Colniza (MT) como recordista nessa modalidade de crime (165,3 mil homicídios por 100 mil habitantes), seguida por Recife (PE), com taxa de 91,2 homicídios por 100 mil habitantes, e Vitória (ES), com 78,5 homicídios por 100 mil habitantes.
Demóstenes assinalou que, pelo IGP 2009, o Brasil encontra-se atrás do Chile, país sulamericano melhor posicionado nesse ranking (20º lugar); da Bolívia (81º lugar), "país que vive enorme instabilidade política"; do Peru (79º lugar), "notório produtor de cocaína"; e do Paraguai (73º lugar), "conhecido como maior exportador mundial de maconha". Só não conseguiu ser superado, conforme acrescentou, pela Colômbia, "maior centro de produção e distribuição de cocaína, que vive dolorosa guerra civil contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)", e da Venezuela, "nação que se afasta da democracia e possui um governante para lá de celerado, com enorme aspiração de ter o maior poder militar do subcontinente".
- Trata-se de um documento (o IGP 2009) que espelha o lamentável estado de criminalidade e violência do Brasil e serve de mais um balizador para a necessidade deste país encontrar a chamada paz social por intermédio da adoção de uma enérgica política de segurança pública, sem qual nunca chegaremos à verdadeira democracia - comentou.
10/06/2009
Agência Senado
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