Demostenes compara gastos da União
O senador Demostenes Torres (PFL-GO) lamentou que ao mesmo tempo em que a União nega recursos à segurança pública e não aplica os recursos destinados para a recuperação de rodovias, comporta-se de forma oposta no pagamento de passagens aéreas e hospedagem do pessoal recrutado nos diversos estados brasileiros para ocupar cargos na máquina administrativa do governo.
- Conforme dados publicados pelo jornal Correio Braziliense do último domingo, o Governo Zero sangrou a viúva, nos 16 meses de administração petista, em R$ 100 milhões para pagar auxílio-moradia e ajuda de custos a ministros e companheiros de diversos escalões. Isto equivale a 90% de tudo o que foi liberado para o Plano Nacional de Segurança Pública no ano passado - afirmou Demostenes Torres.
Citando números do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do próprio governo, o senador por Goiás comparou que, no ano passado, o Ministério da Justiça executou apenas 30% dos recursos previstos no Orçamento. Por outro lado, a liberação de diárias atingiu 97,3% do previsto, a emissão de passagens aéreas chegou a 95,84% e o dinheiro destinado a papelaria diversa e cafezinho teve um percentual de liberação de 83,86%do previsto.
Segundo Demostenes Torres, nem mesmo os recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) estão sendo aplicados na construção e recuperação das rodovias, como prevê a Constituição. Ele ressaltou que, no ano passado, dos R$ 7,5 bilhões arrecadados, o Ministério dos Transportes aplicou R$ 3,982 bilhões. Deste total, apenas 28% foram destinados a investimentos na malha rodoviária.
Em aparte, o senador Alberto Silva (PMDB-PI) sugeriu a criação de uma câmara de gestão para agilizar ações que solucionem o problema das estradas no país. Já o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) opinou que a o investimento em estradas não pode ser encarado como despesa. Ele também discordou do fato de o governo federal reservar para o pagamento de juros mais do que o acertado com o Fundo Monetário Internacional como superávit primário.
13/05/2004
Agência Senado
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