Demóstenes questiona acordo do PT para revezamento de senadores em cargos da Mesa
Durante a 3ª sessão preparatória desta terça-feira (1º de fevereiro), em que foram eleitos os integrantes da Mesa do Senado, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) apresentou questão de ordem a respeito da duração do mandato dos titulares das vice-presidências e das quatro secretarias, bem como das presidências das comissões. Regimentalmente e constitucionalmente, esses mandatos são de dois anos.
Demóstenes então apontou um arranjo interno do PT, segundo o qual a senadora Marta Suplicy (SP), indicada para a 1ª vice-presidência, completaria apenas um ano no mandato, para se revezar com o senador José Pimentel (CE), que seria o indicado pelo ano seguinte. Marta e Pimentel chegaram a dar entrevistas à TV Senado, pela manhã, para tornar público o acordo entre ambos. O mesmo se daria com relação à disputa entre os senadores petistas Eduardo Suplicy (SP) e Delcídio Amaral (MS) para a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
O senador do Democratas disse que seu objetivo seria o de alertar os colegas do PT quanto a futuras ações de improbidade ou quebra de decoro, caso o acordo fosse mantido.
- Se houver renúncia, esta Casa estará reunida no próximo ano para fazer a votação de um novo membro da Mesa. O que não se pode admitir são quatro parlamentares dividindo um mandato que não pode ser dividido - disse Demóstenes.
Em resposta, o líder do PT, Humberto Costa (PE), agradeceu a preocupação de Demóstenes, mas disse que ela se fundamenta apenas em rumores.
- O que há de concreto aqui é a apresentação do nome da senadora Marta Suplicy para a vice-presidência. Agradecemos o conselho - disse o líder petista.
Como o senador Demóstenes insistisse na resposta à questão de ordem pelo presidente, Sarney replicou que não havia nada a decidir.
- Não sou eu quem digo que o mandato é de dois anos, é a Constituição - afirmou.
01/02/2011
Agência Senado
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