Demóstenes se diz vítima de injustiça e nega ter usado cargo para beneficiar Cachoeira



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O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) voltou à tribuna do Plenário para se defender das acusações que pesam contra ele no processo que pede a cassação de seu mandato. O parlamentar, que já havia discursado no início da sessão desta sexta-feira (6), fez um segundo pronunciamento, com duração de aproximadamente 15 minutos, insistindo que é “vítima de uma injustiça impossível de ser reparada”.

- Se o meu mandato for cassado, depois se comprovarão os meus alertas e aí não haverá mais jeito, pois estarei com meus direitos políticos irremediavelmente impedidos por quase duas décadas – disse.

Demóstenes Torres também negou ter usado o cargo para beneficiar o contraventor Carlinhos Cachoeira ou qualquer outro tipo de esquema ilegal.

- Em quatro anos de escutas, 250 mil horas de gravações, em 9 anos e  meio de mandato e milhões de reias destinados a emendas não se encontrou o menor desvio deste senador – disse.

O senador sustentou ainda que o fato de ser dono de um modesto patrimônio pessoal reforça a tese de não ter cometido qualquer afronta aos cofres públicos.

- Vivo de salário. Não tenho chácara, não tenho fazenda, não tenho gado, não tenho ações de empresas, não tenho quase patrimônio nenhum. Meus bens são os que estão na declaração do imposto de renda – disse.

O parlamentar goiano também ressaltou que são testemunhas de sua retidão ministros de Estado, coordenadores de bancadas, prefeitos e governadores de Goiás.

- Perguntem a todos eles a meu respeito. Vão dizer que, mesmo sendo da oposição, sempre fui muito pidonho, mas nunca reivindiquei nada direcionado, nada de indicação de obras para empreiteiras, nada de privilegiar uma cidade para atender a esquemas – disse.

Demóstenes voltou a defender a tese de que é vítima de armações da Polícia Federal e sustentou que, como parlamentar, só poderia ser investigado com anuência do Supremo Tribunal Federal (STF).

- Já mostrei aqui trechos do inquérito nos quais a Polícia Federal alerta para o fato de que é necessário enviar os autos para o Supremo, mas mesmo assim continuou me grampeando ilegalmente – disse.



06/07/2012

Agência Senado


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