Denise Abreu justifica sua decisão de falar sobre caso Variglog



A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu disse há pouco que foi transformada em bode expiatório da crise ocorrida no setor aéreo brasileiro, embora tenha ficado no órgão apenas um ano e cinco meses, tempo reduzido para o equacionamento dos problemas enfrentados na área.

Denise Abreu disse que "gestou por nove meses" a decisão de falar. Um dos motivos, como disse, foi a necessidade de prestar satisfação a membros de sua família. Segundo ela, foi enviada à casa de sua mãe, na época do seu primeiro depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Caos Aéreo, documentação falsa sobre supostas contas que ela mantinha no exterior.

Antes, a ex-diretora da Anac disse que a decisão também se prende a fatos relacionados aos desdobramentos do caso Variglog, empresa controlada por um fundo norte-americano,neste momento em conflito com os três sócios brasileiros. Lembrou que um dos sócios já registrou boletim de ocorrência policial em que se diz ameaçado por Valeska Teixeira, filha do advogado Roberto Teixeira, que defende o fundo Matlin Patterson. Roberto Teixeira é compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantendo com o presidente amizade desde os tempos em que ele exercia atividade sindical.



11/06/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Denise Abreu relata pressões no processo de venda da Varig e da Variglog

Denise Abreu admite ter sofrido pressões de Dilma Rousseff na venda da Varig e da VarigLog

Denise Abreu diz que não tem acesso a investigação da PF sobre dossiê que tem denúncias contra ela

Denise Abreu lança dúvidas sobre compra da Varig pela GOL

Agripino cobra esclarecimentos no caso da VarigLog

Denise Abreu chega ao Senado