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- Os depoimentos de hoje foram extremamente importantes, demonstraram o envolvimento de casas de bingo com o assassinato de Toninho, que ousou contrariar interesses destas casas - afirmou o presidente da CPI dos Bingos.

Efraim aproveitou para rebater as freqüentes críticas de parlamentares da base aliada do governo federal de que a CPI estaria fugindo do foco determinado ao investigar os assassinatos de Toninho do PT e do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel. O presidente lamentou que as investigações tenham sido chamadas até de "ações politiqueiras".

- Por meio de fotografias, o garçom reconheceu bingueiros. Daqui hoje saiu comprovado que houve o fato conexo em relação a empresários e a mais de uma casa de bingo, o que prova que a CPI está no caminho certo, que está dentro daquilo que foi determinado na sua criação - afirmou o presidente.

Após o depoimento do garçom Anderson, também conhecido como Jack, a CPI ouviu o vereador da cidade de Amparo (SP), Luís Oscar Vitale Jacob, que preside uma CPI na Câmara Municipal de Amparo com o objetivo de investigar as pressões e ameaças que o garçom teria sofrido para que seu depoimento fosse impedido. O fato que mais chamou a atenção dos senadores presentes foi o garçom ter relatado, tanto na CPI dos Bingos quanto na CPI de Amparo, que teria sido dopado na Santa Casa de Amparo, pouco antes de prestar depoimento à Justiça, e que ao retornar ao carro adormeceu e acordou na cidade de Americana. Nestes acontecimentos, o garçom disse que estava acompanhado de um certo Nilton Amâncio, que possivelmente será convocado a prestar depoimento na CPI dos Bingos.

- Ouvi Anderson contando o que aconteceu quatro vezes, e nas quatro oportunidades ele não mudou uma vírgula. Ele não consegue mais trabalhar, vive mudando de cidade pois se sente inseguro - afirmou o vereador paulista.

Efraim informou que a CPI dos Bingos entrará em contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, para que o garçom e seus familiares sejam incluídos no programa de proteção à testemunha do estado. Efraim afirmou que tal atitude, requerida pelo próprio Jack, tem o objetivo de garantir a integridade física do depoente, que vem recebendo ameaças anônimas desde 2002. O depoente autorizou que a CPI quebre seu sigilo telefônico e também o sigilo de sua mãe, para que seja identificada a origem das ameaças.

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