Deputado e Farsul vão ao MP com notícia crime contra MST



Uma notícia crime foi protocolada no Ministério Público pelo presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa, deputado Frederico Antunes, do PPB, e pelo presidente da Farsul, Carlos Sperotto.

O documento, recebido pelo subprocurador de Justiça para Assuntos Jurídicos, Antônio Carlos Bastos, pede investigação séria e imparcial sobre a atuação do Movimento dos Sem Terra no Rio Grande do Sul. Justifica que estão sendo formadas milícias paramilitares, através de grupos armados de intimidação, que se impõem nos assentamentos do Incra e nos seus próprios acampamentos, contra dissidentes, mediante força física e ameaças de morte, resultando até em assassinatos de emboscada. “Some-se a isso, o roubo de armas, devidamente registrados pelos proprietários, ocorridos durante as invasões, aumentando ainda mais o poder e o farto arsenal em poder do MST”, destaca o documento, que contém 10 itens.

O subprocurador Carlos Bastos encaminhou a notícia crime à assessoria do procurador geral da Justiça, Cláudio Bastos Silva, prometendo exame com a maior rapidez e profundidade possíveis. Segundo ele, o Ministério Público tem 30 dias para concluir as averiguações, fazendo diligências, se forem necessárias, para solucionar pendências. “Diante de provas concretas, será aberto inquérito”, assegurou. Bastos considerou grave que integrantes de acampamentos sejam impedidos de abandoná-los, porque são impedidos, para evitar a desmoralização do movimento, como narrou o deputado Frederico Antunes. Igualmente, o subprocurador se manifestou chocado com os desfiles de crianças conhecidas como “sem-terrinha”. Bastos reconheceu que a paciência dos produtores, diante das constantes invasões, já evitou que se instalasse o caos no Rio Grande do Sul.

A notícia crime diz que a polícia civil não possui independência funcional para promover investigações das ações do MST. “É vinculada ao Executivo, que é aliado político-ideológico desse grupo”, enfatiza. Reforçando o conteúdo do documento, o deputado Frederico Antunes acusou ainda a existência de ações delituosas, como a cobrança de “pedágios” em assentamentos, arrendamentos de lotes, intimidação de descontentes, crianças agredidas em seus direitos e destruição do meio ambiente, com prejuízos irreparáveis às propriedades rurais.

11/08/2001


Artigos Relacionados


Frederico ingressa com notícia-crime no MP contra o MST

ACM ratifica termos de notícia-crime contra Lula

Cony entra com notícia-crime contra propaganda de ACM

Antunes apresenta notícia-crime contra José Bové

Sibá critica OAB pela apresentação de notícia-crime contra presidente da República

Enviada ao STF notícia-crime contra Antonio Carlos Magalhães por suspeita de envolvimento em grampo