Deputados aprovam com divergências as contratações de funcionários para Uergs



A aprovação da Assembléia Legislativa ao projeto do Executivo que autoriza a contratação emergencial, pela Uergs, de recursos humanos para iniciar suas atividades em 2002 foi obtida por ampla maioria de 45 votos favoráveis, mas as cinco emendas aprovadas ao texto também demonstraram divergências entre as bancadas do governo e da oposição sobre a matéria.

A deputada Iara Wortmann (PPS) desafiou o governo a trazer no início do ano legislativo um projeto de lei "reajustando os salários dos servidores do Estado nos mesmos índices e valores dos que estão sendo colocados nesta convocação extraordinária para serem aprovados". Ao mencionar que os valores indicados para um professor da Uergs com graduação são de 2 mil e 546 reais, Iara Wortmann advertiu que "um professor graduado do plano de carreira ganhará em dezembro de 2002, no último mês do atual governo, pasmem: R$ 822,98".

Já o deputado Eliseu Santos (PTB) questionou os gastos com a Uergs ao criticar uma publicação no Diário Oficial onde o reitor da universidade, José Clóvis de Azevedo, estaria viajando para o México para apresentar a Uergs em Congresso do Comitê Latino-Americano de Sociologia. Eliseu Santos afirmou ainda ser a favor do projeto e da organização e estruturação da universidade, "para que o governo não diga que a oposição não deixa governar".

E o deputado Vilson Covatti (PPB) cobrou coerência da Secretária da Educação Lúcia Camini "que propõe os vencimentos para os professores contratados emergencialmente, os amiguinhos do governo, ganharem essa quantia, se não aumenta o salário dos servidores da rede pública estadual concursados e com a mesma graduação". Vilson Covatti lembra que os professores estaduais estão ganhando de R$ 800 a R$ 1.110 e indaga onde está o Cpers para defender a categoria.

Por sua vez, o deputado Edson Portilho (PT) destacou que a proposta "vem complementar uma luta histórica dos estudantes e dos trabalhadores deste Estado, foi elaborado através de audiências públicas da Comissão de Educação desta Casa, do Orçamento Participativo e da Secretaria da Educação". Ele defendeu a necessidade de "dar suporte ao funcionamento da universidade, com uma estrutura mínima de funcionários e professores". Edson Portilho acredita que "a médio prazo possamos realizar concurso público, e com isso valorizar mais os funcionários da Uergs, para que essa instituição possa cumprir seu papel no desenvolvimento das regiões empobrecidas, alavancando o progresso deste Estado".


12/20/2001


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