Deputados aprovam o relatório final da CPI
Deputados aprovam o relatório final da CPI
Assembléia se manifestou por 36 votos a favor e 10 contra
Nem mesmo uma pane do painel eletrônico impediu que o relatório da CPI da Segurança Pública fosse votado e aprovado ontem no Plenário da Assembléia Legislativa. A ação da oposição surpreendeu a bancada governista, que disse não entender o porquê da pressa em votar o projeto dessa forma.
O relator da CPI, Vieira da Cunha (PDT), anunciou que apresentará ao Ministério Público, nos próximos dias, uma "notícia-crime", que, "além do crime de prevaricação, apontará os delitos de improbidade administrativa e de responsabilidade praticados pelo governador do Estado e pelo secretário da justiça e da Segurança, José Paulo Bisol".
Sobre a possibilidade de impeachment de Olívio Dutra, Vieira afirmou que "o governador só será afastado s assim quiser a maioria do povo gaúcho". O deputado Elvino Bohn Gass, líder da bancada do PT, disse que a votação "mostrou mais um dos tantos vícios da farsa que foi a CPI". Ele acusou os governistas de "falta de democracia, de transparência e seriedade por impedirem que a sociedade participasse da votação".
Governo recua e retira 29 projetos do Legislativo
O presidente em exercício da Assembléia Legislativa, Francisco Appío, considerou
positiva a iniciativa: “Os deputados tinham razão de reclamar. Estavam nos atropelando."
O governo do Estado retirou 29 dos 41 projetos que estavam na pauta para serem votados na Assembléia, ainda este ano. O anúncio foi feito ontem, pelo chefe da Casa Civil, Flávio Koutzii, que criticou a atitude de líderes da oposição. "Esperamos que, com a retirada dos 29 projetos, a Assembléia possa trabalhar com tranqüilidade. Alegaram que havíamos enviado 41 projetos, pois agora ficaram apenas 12", disse.
O governo retirou urgência de oito, isto é, seguem na Casa, mas deixam de ser prioritários, e pediu a devolução de 21. Dos 12 projetos que permanecem, quatro são referentes a contratos emergenciais de profissionais, para combater a febre aftosa; 6.300 professores, 4.500 servidores de escolas e 400 auxiliares de saúde para a prevenção da dengue.
Neve. Sinal de boa sorte para o governador Olívio
Na visita à Grande Muralha da China, a comitiva gaúcha foi surpreendida pela primeira nevasca do inverno chinês
A neve surpreendeu gaúchos e chineses que, às 9h3omin de ontem, com temperatura de quatro graus negativos, visitavam a Grande Muralha da China, localizada a 90 quilômetros de Beijing .(Pequim). O governador Olívio Dutra, em sinal de reverência à cultura chinesa, fez questão de conhecer a muralha construida há 400 anos. "Mais um símbolo da força dos trabalhadores", comentou o governador, que comemorou com os chineses a queda da primeira neve intensa na cidade.
A tradição diz que a nevasca traz boa sorte para colheitas e foi interpretada pelos anfitriões chineses como um indício de sucesso para a missão gaúcha, que é liderada pelo governador e integrada pelos secretários do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Zeca Moraes, e da Agricultura e Abastecimento, José Hermeto Hoffmann, pelo presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Zambiasi, parlamentares e empresários gaúchos.
À tarde, Olívio almoçou na churrascaria dó gaúcho Celso Cella, e tomou chimarrão num bule de chá. Logo após, reuniu-se, a portas fechadas, com o secretário-geral do Partido Comunista Chinês de Beijing e membro do Burcau Permanente do comitê central do PCC nacional, Jian Qinglin. O governador apresentou um perfil do RS ao dirigente chinês, que reforçou a disposição do país de intensificar relações com o Brasil, investindo também no intercâmbio tecnológico.
Itamar não vai à reunião do PMDB e irrita Simon
Encontro da Executiva Nacional definiu ontem a data de 17 de março de 2002 para a realização das prévias do partido
A Executiva Nacional do PMDB decidiu ontem adiar para 17 de março de 2002 a realização das prévias que decidirão o nome do candidato que concorrerá à Presidência da República. As prévias estavam marcadas para 20 de janeiro. O adiamento ocorreu porque o PMDB ainda não chegou a um consenso sobre as eleições de 2002.
Uma ala do partido quer apoiar a aliança governista, composta pelo PSDB e, provavelmente, o PFL. Outros setores preferem lançar candidato próprio. Neste caso, o nome mais forte seria o do governador mineiro Itamar Franco. O comando do partido decidiu ainda incluir os vereadores entre os filiados com direito a voto nestas prévias. Com isso, o universo de eleitores sobe de 4 mil para 16 mil em todo o País.
O aumento da base de votação é um ponto positivo para Itamar, já que entre os vereadores a idéia de lançar um candidato próprio para concorrer ao Planalto em 2002 é mais forte.
Yeda e Marchezan disputam a executiva.
A deputada federal Yeda Crusius afirmou ontem que o lançamento da chapa Solidariedade, da qual ela faz parte, "é uma forma de evitar que o grupo do deputado federal Nelson Marchezan tente dominar o PSDB no Rio Grande do Sul". O deputado, por sua vez, disse que "Yeda e seu grupo é que tentam continuar sentados em cima da direção do partido".
Editorial
Juros altos e desenvolvimento
Há menos de dois meses a perspectiva para este final de ano era bastante negativa: crise na Argentina, retração dos grandes mercados, atentados terroristas, guerra no Afeganistão etc. Contrariando os pessimistas, 2001 está indo embora com a economia brasileira se comportando de maneira bastante razoável. O PIB (Produto Interno Bruto) registrará no ano um crescimento superior à média da expansão demográfica, hoje pouco acima de 1%.
O nível de desemprego não se agravou e não houve uma onda de falências e concordaras. Alguns setores da agropecuária tiveram impulso, assim como segmentos da indústria.
Dificilmente a inflação do ano vai superar o teto de 6% estabelecido pelo Banco Central. E, para não comprometer a meta do ano que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter os juros em 19% ao ano.
Esta questão é polêmica. Se, por um lado, os juros altos podem manter a demanda interna sob controle,
também empurram a dívida pública para níveis perigosos - e o próprio déficit nominal do Tesouro serve como fonte de alimentação da inflação.
Embora as autoridades monetárias se mostrem competentes na administração, juros demasiadamente elevados não têm conseguido neutralizar o tipo de inflação que o País vem enfrentando. Hoje, pelo menos dois terços dos reajustes são definidos por regras independentes do comportamento do mercado. juros altos não impedem, por exemplo, o aumento na tarifa dos telefones.
As altas taxas levam o governo a buscar superávits primários crescentes nas finanças públicas, a partir de uma carga tributária progressiva, o que acaba tomando a economia ineficiente e se reflete nas contas externas do País.
Para sair deste círculo, os administradores da nossa política econômica já poderiam considerar a possibilidade de reduzir, com cautela e progressivamente, os juros básicos.
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12/05/2001
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