Deputados debatem índice de reajuste ao magistério



O índice de 10% de reajuste apresentado pelo governo ao magistério, foi motivo de divergência na sessão desta tarde no plenário. Deputados da oposição criticaram o governo, apresentando números segundo os quais ele teria condições de melhorar a proposta, mas a situação reagiu, lembrando que com os valores que corrigem a sobreposição de níveis, o reajuste chega a 26,5%. O deputado Luís Augusto Lara (PTB) classificou a proposta de “indecorosa, lembrando que o atual partido do governo quando era oposição falava em reajuste de 190% para o professores. “Agora faz uma proposta de 10% de reajuste, dividida em quatro vezes a ser paga até o final de ano de 2002”. Ele criticou também a postura das lideranças do Cpers, opinando que “está na hora da categoria dar um basta” a elas por estarem “trabalhando a favor do governo, em vez de representar a classe”. O deputado João Luiz Vargas (PDT) também criticou o reajuste que inclui os funcionários de escola, além do magistério, sustentando que “o governo pode dar reajuste aos professores nos mesmos níveis de crescimento da arrecadação do ICMS durante sua gestão, que teve um incremento acumulado de 49,4% desde 1999, e mantendo-se os mesmos níveis de comprometimento e de despesas, manterá esse superávit”. Segundo esse entendimento, disse que o magistério poderá “ter aumento de 30% sem comprometer a administração”. O deputado Roque Grazziotin (PT) disse enfrentar esse debate com tranqüilidade por considerar que a proposta, embora modesta, é a única proposta de reajuste ao funcionalismo, já que outros estados não estão reajustando vencimentos. Disse que além dos 10% de reajuste salarial, tem mais 15% para correção da sobreposição de níveis, o que no conjunto dá um reajuste de 26,5%. Lembrou que se trata de uma proposta em discussão, mas a seu ver significa um avanço. O deputado Elmar Schneider (PMDB) considerou “um deboche” o reajuste de 10%, em quatro parcelas, oferecido pelo governo do Estado ao magistério. Ironizando o comportamento do Partido dos Trabalhadores, disse que “antes falavam em 190% de reajuste e deram 14% e agora, quando a categoria imaginava receber 100%, vai ganhar 10%”

04/24/2001


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