Deputados divergem quanto aos métodos de combate à aftosa no Estado



A vacinação preventiva contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul, que vem sendo defendida pelo governo do Estado e entidades de produtores rurais, mas que é condenada pelo Ministério da Agricultura e outros segmentos de produtores, entre os quais a Farsul, repercutiu nos debates da sessão plenária de hoje. E o grau das divergências constatadas nas esferas governamentais e entre produtores, também foi reproduzido nos pronunciamentos dos parlamentares. O deputado Frederico Antunes (PPB) relatou reunião realizada pela manhã na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, da qual é presidente, informando que sete parlamentares manifestaram-se contrários à volta da vacinação e três favoráveis. Disse, ainda, que a Comissão apóia também o Fundo Estadual de Sanidade Animal e vai manter um “fórum permanente de debate, reavaliando estas opiniões sempre que algumas alterações acontecerem no cenário do Cone Sul.” O líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, disse que as manifestações contrárias à vacinação preventiva não podem constituir uma posição oficial da Comissão de Agricultura, “porque não houve processo formal de votação, apenas uma aferição da opinião de parlamentares em momentos diferentes da reunião”. Ele considera que o tema não está esgotado e defendeu um trabalho para “a construção de uma posição madura e responsável, que preserve a sanidade do rebanho e evite prejuízos econômicos para o Rio Grande do Sul”. Disse que a posição do governo do Estado é pela vacinação preventiva, desde que o Estado tenha a garantia do Ministério da Agricultura de que “não sofrerá retaliação de qualquer espécie”. O líder da bancada do PMDB, deputado Mário Bernd, opinou que “se o Rio Grande do Sul conseguiu erradicar os focos de aftosa existentes em Jóia sem vacinar, e se estabeleceu, por meio da Secretaria da Agricultura e do Ministério da Agricultura, barreiras sanitárias eficientes até o momento, voltarmos à vacinação agora significa confessarmos a falência do sistema de vigilância”.

04/05/2001


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