Deputados limpam a pauta da AL










Deputados limpam a pauta da AL
A Assembléia realizou esforço concentrado ontem à tarde para limpar a pauta dos trabalhos apreciando sete matérias. Do total, foram aprovadas cinco proposições. Uma foi rejeitada e o veto a 14 das 15 emendas da Lei das Diretrizes Orçamentárias derrubado. Os deputados aprovaram dois requerimentos do Executivo, retirando urgência do projeto que cria a corregedoria-geral dos órgãos da Secretaria da Justiça e da Segurança e o que propõe o Sistema Estadual de Transporte.

O plenário rejeitou o projeto do Executivo que pretendia mudar a classificação de cargos e vencimentos da Polícia Civil. Foi aprovada a alteração do Estatuto dos Servidores Públicos. Os deputados também autorizaram o governo a renovar os contratos emergenciais de 190 técnicos no Instituto Geral de Perícias, e o Judiciário a criar novas Comarcas e Varas Judiciais. Foi aprovada ainda a abertura de créditos adicionais no orçamento do Estado no valor de R$ 95,9 milhões.


Tarde de abraços na Assembléia Legislativa
A primeira sessão plenária da Assembléia Legislativa realizada ontem, depois das eleições de domingo, foi marcada por encontros de novos e atuais parlamentares. Vilson Covatti, do PPB, na condição de campeão de votos cumprimentou o dono do título nos últimos quatro mandatos, o presidente e deputado Sérgio Zambiasi, que agora irá para o Senado. A bancada do PDT recebeu a visita da nova integrante, Floriza dos Santos. José Ivo Sartori, do PMDB, eleito para a Câmara dos Deputados, despediu-se dos colegas. O ex-secretário estadual Adão Villaverde, do PT, foi conhecer de perto o ritmo dos trabalhos legislativos.


Rigotto recebe apoio oficial do PPB
Partido não exige concessões como definição antecipada de cargos ou inclusão de itens no programa

O PPB oficializou ontem o apoio à candidatura de Germano Rigotto, do PMDB, ao governo do Estado no 2º turno. Celso Bernardi, que disputou o Palácio Piratini, ficando em quarto lugar, deixou claro que a adesão não prevê nenhum tipo de critério, como a inclusão de itens na proposta de Rigotto e o preestabelecimento de cargos em eventual governo. 'Até o dia 27 estaremos dando apoio incondicional porque achamos que é o melhor projeto para o Estado. Com Rigotto, tenho a convicção de que vamos tirar democraticamente do poder os que hoje governam, que foram eleitos de forma legítima, mas que exerceram a gestão de maneira abusiva', argumentou Bernardi.

A expectativa do PPB é que todos no partido passem a sustentar a candidatura do PMDB, mas há rivalidades em alguns municípios entre os dois partidos que podem prejudicar a união integral. Bernardi apelou às lideranças para que esqueçam as diferenças, colocando o bem do Rio Grande do Sul acima das questões partidárias.

Rigotto enfatizou a importância do apoio ao observar que o PPB elegeu dez deputados estaduais, o que é fundamental para garantir a governabilidade. 'Quando falo em agregar, não é apenas para ganhar eleição, mas para administrar', salientou. Cauteloso, disse que o 2º turno é uma nova eleição e que não há favorito. Ele esteve pela manhã na sede estadual do PPB para negociar com a direção do partido. À tarde, quando retornou, não esperava receber ainda ontem a resposta oficial. O peemedebista já está negociando com PPS, PFL, PTB e PDT, além de ter se reunido com José Vilhena, que concorreu ao governo pelo PV, e Aroldo Medina, candidato pelo PL.


Tarso conta com presença de Lula
Diz que, se tivesse havido definição no 1º turno, a participação do presidenciável seria mais contida

O PT conta com elemento decisivo para acertar a estratégia atrás de uma vitória na sucessão estadual, o apoio do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. O candidato da Frente Popular ao Palácio Piratini, Tarso Genro, disse que Lula estará mais presente na campanha gaúcha. 'Com a definição no 1º turno, a participação de Lula teria de acontecer de forma mais contida', justificou.

Segundo Tarso, o programa de governo da Frente Popular deverá ser mais valorizado nos programas eleitorais. O candidato acrescentou que será vital a análise da sua atuação como deputado federal, sinalizando que será questionada a posição de Rigotto na Câmara. 'As ações de um político revelam sua postura', afirmou. Disse que as conquistas realizadas pelo governo Olívio Dutra continuarão sendo enfatizadas.

Sobre a nova fase da campanha, o candidato lembrou que o presidente do PDT, Leonel Brizola, manifestou apoio a Lula em âmbito federal, o que facilitaria a aproximação no Estado. Segundo o presidente estadual do PT, David Stival, nos próximos dias ocorrerá ato oficializando a adesão de partidos a Tarso, incluindo bases do PPB.

Miguel Rossetto, candidato a vice, avaliou que estas eleições vão garantir governabilidade ao PT. 'Crescemos na Assembléia Legislativa, mantivemos a bancada em Brasília e elegemos um senador', comemorou. Sobre os debates do 2º turno, Rossetto afirmou que eleição é também a oportunidade de prestação de contas dos partidos que estiveram no governo para a sociedade. 'O PMDB deve assumir as suas atitudes, senão o discurso vira demagogia', sentenciou.


Brizola também anuncia plena adesão do PDT
O ex-governador do Rio de Janeiro e presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, também anunciou ontem 'apoio pleno e sem qualquer exigência' à candidatura do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 'O PDT apoiará incondicionalmente o candidato Lula porque cultiva a esperança que a vitória do petista represente melhores dias para o povo e a superação definitiva de políticas neoliberais, como estas postas em prática por Fernando Henrique', declarou. 'Não estamos pedindo nada. Queremos apenas ajudar', acrescentou Brizola.

O pedetista relatou que conversou, por telefone, com o presidente nacional do PT, José Dirceu, e com Lula. Mas não esclareceu se pretende subir ao palanque do petista. 'São detalhes de campanha que precisamos examinar', disse. Sobre a possibilidade de dividir o palanque com Anthony Garotinho (PSB), Brizola ironizou: 'Não acredito que isso vá ocorrer, porque ainda não mudei minha convicção de que ele é um personagem da direita. Ele é uma bola: tem muitos lados, mas é oco por dentro'.

Há duas semanas, Brizola deu sinais de apoio a Lula e teria preferido naquele momento que o candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, renunciasse para ajudar na vitória do petista em primeiro turno. Ele negou que o episódio tenha afetado suas relações com Ciro.

Brizola elogiou a performance de Lula no primeiro turno e disse que ele já não é mais o 'sapo barbudo' do passado. 'O que me gera confiança é a massa humana que se move em torno da candidatura de alguém que não era mais do que um migrante nordestino', afirmou Brizola. Segundo o pedetista, a vitória de Lula no segundo turno já estaria assegurada, não fossem as ameaças de fraude nas eleições, facilitada pela 'fragilidade do sistema eleitoral'. 'Mesmo eu, que sou engenheiro, não poderia garantir que não haverá fraude, porque o sistema facilita a fraude e não há como garantir que ela não ocorra. Ela pode acontecer na minha frente e talvez não consiga ver.' Para ele, se um voto é apagado na urna, 'o que sobra é apenas um disquete com a soma dos votos'.


Horário eleitoral voltará sexta-feira no Estado
O horário eleitoral gratuito voltará ao ar nas emissoras de rádio e TV na próxima sexta-feira no Estado, com a disputa para o governo. As candidaturas de Germano Rigotto, da União pelo Rio Grande, e de Tarso Genro, da Frente Popular, não chegaram a um acordo para adiar para segunda-feira a estréia da propaganda, coincidindo com programas da campanha presidencial.

O pedido para começar cinco di as após o 1º turno foi feito pela Frente Popular, que não quer perder tempo nesta fase decisiva. Sem consenso, o Tribunal Regional Eleitoral aplicou a legislação que prevê a veiculação dos programas 48 horas após a declaração oficial do resultado do 1º turno, feita ontem. Será de Rigotto, o mais votado no último domingo, a primeira participação de 10 minutos no rádio, às 7h de sexta-feira. No 2º turno, serão 10 minutos para cada candidato.


Passo Fundo não elege para a AL
Com 114.255 eleitores, Passo Fundo não conseguiu eleger representante para a Assembléia pela segunda eleição consecutiva. A comunidade do município ainda viu ser reduzida a sua representação na Câmara dos Deputados, porque o deputado Airton Dipp, do PDT, não se reelegeu. Onze candidatos disputaram a Assembléia, provocando dispersão de votos. Juntos, os candidatos passo-fundenses somaram quase 70 mil dos votos válidos, mas nenhum conseguiu obter a vaga.

O vice-prefeito Mauro Sparta, do PSDB, foi o mais votado no município, com 16.251. Disse ter ficado satisfeito, mas lamentou que mais uma vez Passo Fundo não tenha se organizado para ter representação. Para Sparta, as lideranças devem repensar o quadro político e manter estratégia para enfrentar a campanha com êxito. O vereador Édison Nunes, candidato a deputado pelo PPB, admitiu estar frustrado pelo fato de a cidade ter ficado sem representante na Assembléia. Para ele, isso se deve ao fato de algumas lideranças apoiarem candidatos de fora.

Dipp somou 55.103 votos, dos quais 29.492 só em Passo Fundo. Para ele, o partido errou ao não lançar candidatura própria ao governo. O município conseguiu reeleger apenas o deputado federal Beto Albuquerque, do PSB. Francisco Turra, de Marau, elegeu-se com o apoio do PPB de Passo Fundo e promete representar os interesses da cidade.


Frente Popular aposta na ampliação do tempo
Mais espaço na propaganda eleitoral em rádio e TV é uma das apostas do candidato da Frente Popular, Tarso Genro, para ampliar a sua votação e buscar a vitória no 2º turno. Tarso disse ontem à noite em entrevista ao programa Câmera 2 da TV Guaíba que os 20 minutos diários de propaganda eleitoral permitirão mostrar as propostas da Frente e confrontar os perfis dele e do adversário Germano Rigotto. Adiantou que será enfatizada a sua experiência como administrador e deputado federal. Tarso lembrou que no 1º turno teve de gastar tempo em debates e na televisão para responder a ataques da oposição. Criticou setores que estariam qualificando o PT gaúcho como 'um quisto' do PT nacional. Lembrou que ele já foi qualificado como articulador e integrante de alas moderadas do partido. Na área de segurança, um dos temas da entrevista, o candidato prometeu contratar 3 mil policiais militares em 2003, caso seja eleito.

Tarso abriu ontem a agenda de campanha do segundo turno por Caxias do Sul, terra do adversário Germano Rigotto que é administrada pelo PT. Na visita à 11a Feira Internacional de Integração Industrial, o candidato da Frente Popular recebeu do Sebrae/RS um documento com medidas públicas para reduzir desigualdades e gerar mais riqueza. Tarso não poupou elogios ao modelo de economia da região da Serra, que combina a atividade industrial e a agricultura familiar. Lembrou que esse formato de desenvolvimento está afinado com o seu programa de governo.


Deputado denuncia com greve crimes eleitorais
O deputado Paulo Mourão, do PSDB de Tocantins, começou ontem à tarde na Câmara greve de fome que garante ser por tempo indeterminado. Ele reivindica a instalação de comissão externa para investigar denúncias de crimes eleitorais em seu estado. Segundo Mourão, houve compra de votos, abuso do poder econômico e uso inadequado da TV pelo governador Siqueira Campos, do PFL, e pelos seus aliados.


Morre coordenador da campanha do PT
O coordenador da campanha de Tarso Genro ao governo do Estado, José Eduardo Utzig, faleceu à 1h da madrugada de hoje, aos 42 anos, vítima de infarto. Ele estava na sua residência, em Porto Alegre. Utzig foi secretário municipal da Fazenda na atual administração. Licenciou-se do cargo há seis meses para coordenar a campanha do PT à reeleição ao Piratini. Utzig foi um dos líderes da corrente PT Amplo e Democrático, uma das mais fortes do partido e que garantiu a vitória de Tarso sobre Olívio Dutra para concorrer ao governo. Amigo pessoal de Tarso, estava cotado para assumir a Secretaria da Fazenda em eventual vitória no segundo turno. O corpo está sendo velado na Câmara Municipal.


Serra diz que jogo começa de novo
Pretende contar no 2º turno com a mesma coalizão que apoiou o governo FHC nos dois mandatos

O candidato do PSDB-PMDB à Presidência da República, José Serra, afirmou ontem que o jogo começa de novo no 2º turno da eleição presidencial, demonstrando confiança numa vitória no dia 27, apesar da vantagem obtida pelo seu adversário do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no 1º turno. 'O 2º turno não é a prorrogação do jogo ou o adiamento da decisão. O jogo é iniciado novamente', afirmou o candidato do governo.
Serra se reuniu com vários dirigentes políticos que representam uma parte da coalizão que apoiou o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso em seus dois mandatos. Ele pretende estabelecer a mesma aliança para tentar vencer a eleição. Para Serra, o 2º turno demonstra que o povo quer debater mais as propostas dos candidatos. 'Os problemas nós já conhecemos, as críticas já foram feitas. Agora é preciso definir quem tem capacidade de resolver essas situações pelo bem do país', destacou. Ele disse que os debates que serão realizados nesta etapa da campanha permitirão à população conhecer melhor os candidatos à Presidência da República.

'O Brasil não será governado com críticas, mas com propostas e capacidade de resolver os problemas e de executar as propostas', afirmou Serra em resposta à estratégia do seu adversário de aglutinar a oposição ao governo Fernando Henrique nesta eleição. O tucano argumentou que é importante confrontar questões concretas no 2º turno, citando como exemplo o bom desempenho que obteve no Rio Grande do Sul, governado pelo PT. Afirmou que é preciso pensar grande, como os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves, com o sonho da democracia.


'Menos estatística e mais coração'
Lula diz que Brasil tem jeito na medida em que trabalhar não com números, mas com sentimentos

O candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, declarou ontem que pretende conquistar os votos dos eleitores mais conservadores. Segundo o presidenciável petista, o diretório do partido já está mantendo contatos para ampliar a base de apoio para o segundo turno das eleições. Lula, que ficará durante esta semana em São Paulo, esteve reunido pela manhã com militantes, parlamentares e prefeitos do ABC paulista. O candidato pediu a eles atenção e empenho redobrados para esta nova etapa.

Lula visitou depois a Casa Vida, entidade que presta atendimento a crianças e adolescentes portadores do vírus HIV, na região central da Capital. O presidenciável esteve acompanhado de sua mulher, Marisa, e do candidato ao governo, José Genoino. Ele disse que, se eleito, mudará a relação do Executivo com a sociedade no emprego de verbas destinadas às entidades que cuidam de jovens e idosos carentes. 'O Brasil tem jeito, na medida em que seus administradores trabalharem não com estatísticas, mas com sentimentos', ressaltou.
O candidato do PT afirmou, na sua passagem por São Bernardo do Campo, que deseja os votos de todos os eleitores no segundo turno, independentemente de terem votado ou não nele no primeiro. 'Quero que todos os que tenham a obrigação cívica de votar digitem o número 13', solicitou. Lula disse que a campanha será feita agora em cima do mapa da votação de domingo. O presidenciável petista antecipou que pretende visitar 14 estados, o que, considerando o período de tempo restante para o segundo turno, pode obrigá-lo a visitar três estados por dia.


Vereadores da oposição escolhem o PMDB
Vereadores das bancadas de oposição na Câmara Municipal de Porto Alegre se reuniram no final da tarde de ontem com o candidato ao governo pelo PMDB, Germano Rigotto, para oficializar o apoio à sua candidatura no 2º turno. Dos 15 parlamentares presentes, o único que preferiu ainda não abrir o voto pró-Rigotto foi o presidente da Câmara, José Fortunati, do PDT. Argumentou que irá esperar pela reunião de hoje com o partido para tomar sua decisão. Nereu D'Ávila, Humberto Goulart e Ervino Besson, da bancada trabalhista, garantiram que defenderão o apoio formal ao PMDB no encontro de hoje com o presidente nacional Leonel Brizola.

O presidente metropolitano do PL, Valdir Caetano, afirmou que pretende fazer com que todos os liberais do Estado votem em Rigotto, assim como o líder do PTB, Cassiá Carpes, que também defenderá sustentação ao candidato em reunião com seu partido. 'O PTB não se posicionou ainda, mas, no que depender de mim, farei forte campanha em Porto Alegre e São Borja', ressaltou. O vereador Beto Moesch, do PPB, disse a Rigotto que poderá servir de interlocutor junto ao PV, pedindo apoio à sua candidatura. Observou que os partidos que apóiam Rigotto têm dois desafios. 'Precisamos, além de elegê-lo governador, colaborar para que faça a maior votação em Porto Alegre, começando campanha para tirar o PT da prefeitura', salientou Moesch. Rigotto agradeceu as adesões, dizendo esperar não decepcionar os novos aliados em eventual governo.


Candidato do Paraná faz um voto e por engano
Vereador em Bela Vista do Paraíso, Paraná, Jorge Luiz Giorgino, do PSB, 39 anos, teve apenas um voto. E não foi o dele. 'Alguém deve ter errado o número na hora da votação, querendo votar em outro candidato e acabou votando nele', disse ontem seu filho, Jorge Luiz Giorgino Filho. Um mês antes das eleições, Giorgino encaminhou sua renúncia ao TRE, mas seu nome e seu número foram mantidos na urna eletrônica.


Cassação garante vaga ao PFL
O candidato do PFL ao governo do Maranhão, José Reinaldo Tavares, conseguiu ontem a reeleição no 1º turno. Ele foi beneficiado com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar a candidatura de Ricardo Jorge Murad, do PSB, ao governo estadual. Murad foi impedido de se candidatar por ser cunhado de Roseana Sarney, ex-governadora do estado. Com a decisão, os votos dados a Murad, 5,15% dos válidos, foram considerados nulos, favorecendo a candidatura de Tavares, que havia obtido 48,42% dos votos válidos. A candidatura de Murad estava sub judice, depois de ser impugnada pelo Ministério Público. O candidato recorreu e ganhou no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, mas perdeu no TSE.


Cota feminina não é alcançada
Nenhum partido político alcançou nestas eleições a cota prevista por lei de apresentar 30% de candidaturas femininas, de acordo com um estudo do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Apenas uma, Rosinha Matheus, do PSB, eleita no domingo governadora do Rio de Janeiro. Quatro mulheres estão no 2º turno em outros estados. No Amapá, Maria Dalva de Souza, do PT, disputará o governo com Antônio Waldez, do PDT, e, no Mato Grosso do Sul, Marisa Serrano, do PSDB, terá confronto com Zeca do PT. No Pará, o tucano Simão Jatene lutará contra a petista Maria do Carmo e, no Rio Grande do Norte, Wilma Maria de Faria, do PSB, concorre ao cargo de governadora contra Fernando Freire, do PPB.


Entre os campeões estão estreantes e conhecidos
Comandado por dois paulistas, o petista Aloizio Mercadante, no Senado, e Enéas Carneiro, do Prona, na Câmara, o bloco dos campeões de votos traz uma mistura de figuras conhecidas e estreantes. Mercadante, com seus 10,4 milhões de votos para o Senado, tornou-se o recordista da história do Congresso. Também tiveram votações expressivas José Roberto Arruda (DF), Vanessa Grazziotin (AM), Kátia Abreu (TO) e Jader Barbalho (PA), entre outros.


Novato vira campeão nas urnas em Goiás, com 7%
O campeão de votos na eleição para deputado federal em Goiás é novato na política. Aos 56 anos, Henrique Meirelles conquistou o recorde histórico de 183.046 votos, 7% do total. Segundo ele, esse resultado representa muita responsabilidade. Meirelles percorreu de jatinho e helicóptero os 246 municípios de Goiás dando palestras e fazendo comícios. 'Aprendi muito com o povo, entrei em contato com os verdadeiros anseios da população', disse.


Paulinho pode liberar os filiados da Força Sindical
O presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, estuda a possibilidade de liberar a diretoria e os sindicatos filiados à central sindical a apoiarem quaisquer dos dois candidatos à Presidência da República no 2º turno. Segundo Paulinho, a decisão sairá no encontro, no dia 14, com a diretoria da Força Sindical, quando reassumirá a presidência. A diretoria está dividida, mas para evitar conflitos, poderá liberar os aliados.


Rosinha define hoje quem vai escolher no 2º turno
A governadora eleita do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, do PSB, realizou ontem carreata pelas ruas e avenidas da Baixada Fluminense, para agradecer aos seus eleitores. Antes de começar o roteiro, em Belfort Roxo e Nova Iguaçu, Rosinha anunciou que hoje se reúne com o presidente do PSB, Miguel Arraes, para definir seu apoio à Presidência para o 2º turno. Ela pretende viajar esta semana de férias com o seu marido, Anthony Garotinho.


Serra e Lula tem estratégias opostas
O coordenador da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, deputado federal reeleito José Dirceu, do PT, afirmou ontem que o partido 'não vai entrar' na estratégia estabelecida por José Serra, do PSDB, de polarizar a campanha em debates diretos com Lula. 'Nossa posição é clara e temos autoridade para falar sobre isso, pois Lula participou de todos os debates no 1º turno', disse. A campanha de Serra terá como uma das principais estratégias o confronto direto de propostas e idéias com o adversário. José Aníbal, um dos coordenadores da campanha, declarou que os debates irão esclarecer a população a respeito do candidato que tem as melhores propostas para o país.


FHC cumprimenta governador do Acre
O governador do Acre, Jorge Viana, do PT, reeleito na disputa do 1º turno, recebeu ontem um telefonema do presidente Fernando Henrique Cardoso, parabenizando-o pela vitória, obtida depois de uma ameaça de impugnação pela Justiça Eleitoral. Eles conversaram cinco minutos e acertaram um encontro, até o final do ano, em Brasília. 'Foi um presidente que ajudou muito o Acre', disse Viana, com o cuidado de preservar FHC das críticas que faz ao 'modelo econômico' do atual governo. A conversa não chegou às eleições presidenciais, como no 1º turno, quando Viana atuou como interlocutor de Lula e se cogitou que FHC votaria nele se José Serra não fosse para o 2º turno.


PDT discute sobre melhor posição no Estado
O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, chega hoje, às 17h, a Porto Alegre para se reunir com o partido e definir a posição para o 2º turno ao governo do Estado. As bancadas federal e estadual fazem uma reunião preliminar, na qual devem decidir pela sustentação da candidatura de Germano Rigotto, da União pelo Rio Grande. O presidente metropolitano do PDT, vereador Nereu D'Ávila, argumentou ontem que o partido não poderá se omitir liberando os filiados para votar em qualquer um dos candidatos, sob o risco de perder ainda mais forças no Rio Grande do Sul. Porém, o presidente regional do partido, Pedro Ruas, lembrou que a decisão do diretório nacional é de apoiar Luiz Inácio Lula da Silva 'integral e incondicionalmente'.

O vereador Isaac Ainhorn defenderá a aproximação com Rigotto. Segundo ele, mesmo com a adesão a Lula, não há condições de o PDT manifestar afinidade com o PT no Estado, pelo que chamou de traições do governo de Olívio Dutra em relação a lideranças do PDT. 'A hipótese de apoiar Tarso Genro está afastada', disse ele. Argumentou ainda que o perfil do PMDB no Estado é transparente e se identifica com o trabalhismo.

O deputado federal Enio Bacci planeja uma reunião na sexta-feira, em Estrela, com prefeitos e representantes de cada um dos 380 municípios onde obteve os 85 mil votos com os quais foi reeleito para a Câmara. 'Decidindo de forma democrática, levo pelo menos 80% desses votos para o lado que escolhermos', calculou.


PSB exigirá mais participação
O PSB negociará esta semana a participação nas campanhas de Tarso Genro ao governo do Estado e de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República respaldado por 15 milhões de votos dados a Anthony Garotinho e pela ampliação do número de deputados federais, estaduais e senadores. O presidente do diretório estadual, Beto Albuquerque, encontra-se hoje à tarde com a direção do PT para apresentar a pauta de reivindicações. Pretende, em primeiro lugar, garantir a ampliação da participação no futuro governo da Frente Popular no Estado, caso saia vitorioso no 2º turno. A conquista da bancada na Assembléia Legislativa, com dois deputados, e os 245 mil votos feitos entre os candidatos que concorreram a estadual servirão de argumentos para a negociação. Da mesma, forma, o PSB nacional dará início amanhã à análise sobre o apoio a Lula. Beto antecipou que os socialistas exigirão coerência com a história política e os compromissos com a luta social e também reivindicarão participação no governo.


Surpreende votação do PT na Câmara
Com uma bancada que deverá ficar entre 92 e 94 deputados, o PT será o maior partido da Câmara a partir de fevereiro de 2003. Terá, assim, o direito de eleger o seu presidente, porque, pela tradição da Casa, o cargo pertence ao maior partido. O crescimento do PT surpreendeu até os mais otimistas. O líder do partido na Câmara, João Paulo, acreditava na eleição de cerca de 70 deputados quando faltavam dez dias para a eleição. Na véspera da disputa, ele trocou os cálculos e passou a contar com 75 eleitos. Nunca imaginou passar dos 90. Mesmo com o extraordinário desempenho nas urnas de seus candidatos, o PT e os partidos de oposição ao atual governo não farão a maioria.


Bornhausen se aproxima do PSDB
Após a derrota do candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, do PPS, um dos principais articuladores de sua candidatura, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen, admitiu ontem que seu partido deve aprovar hoje, durante reunião em Brasília, moção sugerindo apoio ao nome de José Serra, do PSDB-PMDB, no 2º turno das eleições. Bornhausen admitiu que votará no tucano, mas descartou a possibilidade de subir no palanque em que Serra seja o foco das atenções. Ele ficaria lado a lado de Serra caso o PSDB abandonasse a coligação que apóia Luiz Henrique, que disputará o 2º turno com o governador Esperidião Amim, do PPB, coligado com o PFL. 'Enquanto o PSDB estiver com Luiz Henrique em Santa Catarina, o máximo que eu posso fazer é votar em Serra para presidente', afirmou o senador. 'No PT eu não voto. Não serei responsável por uma falta de reflexão', disse. Ele negou que o partido irá punir os pefelistas que aderirem a Luiz Inácio Lula da Silva. No Maranhão, a bancada pefelista, inclusive a ex-governadora Roseana Sarney, apoiará integralmente a campanha de Lula no 2º turno.


PMDB busca o PFL da Bahia
Os aliados do presidenciável pelo PSDB, José Serra, já entraram em ação na Bahia, quarto colégio eleitoral do país. Ontem, em Salvador, o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, declarou estar disposto a fazer o que for possível para obter o apoio da bancada baiana do PFL, de quem é adversário político, assim como do governador eleito, Paulo Souto, do PFL. 'O apoio do PFL ao nosso candidato é um caminho natural e Paulo Souto pode refletir melhor sobre sua posição', disse. O senador eleito Antônio Carlos Magalhães reiterou que vota no candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.


Serra vai priorizar Minas e Nordeste
Minas Gerais, estado com o segundo maior colégio eleitoral do país, e a região do Nordeste serão prioridades do candidato da aliança PSDB-PMDB à Presidência da República, José Sera, na arrancada da campanha para o segundo turno. O comando estratégico da campanha considera que Serra precisa ampliar sua votação em todo o país, mas esses dois locais são cruciais para que o candidato consiga vencer as eleições. Reunidos segunda-feira, em São Paulo, Serra e sua equipe fizeram uma avaliação do mapa eleitoral e chegaram à conclusão que, para ampliar a votação do tucano, será feita uma vinculação com os candidatos aliados em nove estados em que haverá segundo turno.


Aécio promete unir forças no Planalto
O governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves, do PSDB, disse ontem que, no caso de uma vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no 2º turno das eleições presidenciais, trabalhará para que seu partido não adote uma posição sectária em relação ao novo governo. Mesmo sem falar em futura coalizão, Aécio deixou claro que, seja quem for o próximo presidente da República, considera fundamental uma junção de forças entre o PT e os tucanos para a governabilidade do país. O governador eleito constatou nesta eleição que a tendência foi o caminho de centro-esquerda, o mais progressista. 'Nenhum dos candidatos governará apenas com as bases que lhes dão sustentação. Todos sabem disso', afirmou.


Chanceler ironiza idéias em marcha
O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, foi irônico ao criticar a política externa expressa por Serra e Lula. Em palestra para empresários e sindicalistas sobre acordos, ele fez uma figura de linguagem para dizer que os acordos em negociação terão de ser tocados do ponto onde estão, não podendo ser refeitos. 'A tendência dos candidatos é falar no livro do gênese, ou seja, tudo começa a partir do momento em que eu chego, ou do livro dos profetas, de que tudo está errado, mas nós temos a palavra certa.' Ele aconselhou a leitura dos livros sapienciais da Bíblia, que são os provérbios e os salmos, e os eclesiásticos, que dão noção das dificuldades que o homem tem no trato da vida.


Collor se queixa da ingerência de FHC
O candidato derrotado a governador de Alagoas Fernando Collor de Mello, do PRTB, afirmou ontem que o governo federal foi um dos responsáveis pelo insucesso dele. Collor, que perdeu para o governador reeleito Ronaldo Lessa, do PSB, disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso ligou para o presidente da Assembléia Legislativa, Antônio Albuquerque, pedindo que apoiasse o socialista. A assessoria de Albuquerque confirmou a informação. Collor ressaltou que a sua votação - pouco mais de 400 mil votos - confirmou a determinação de continuar na vida pública. Ele acrescentou que pretende ser candidato a presidente, mas só depois de 2006.


Confirmado apoio de Ciro à oposição
O vice-presidente nacional do PPS, Ciro Gomes, confirmou o apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, no segundo turno da eleição presidencial. 'Estou à disposição. Agora, como irei participar, é com o PT', afirmou Ciro, ao ser perguntado se gravaria publicidade eleitoral gratuita para o partido.
O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire, anunciou que a legenda também decidiu, por unanimidade, apoiar a candidatura de Lula. Freire acrescentou que a sigla dará esse suporte sem nenhuma exig


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