Deputados votam amanhã quatro vetos do governador



A Assembléia Legislativa aprecia nesta terça-feira (07/08) os vetos do governador Olívio Dutra às emendas da oposição aos projetos que tratam do Cadastro Informativo (Cadin), da Fundação de Atendimento do Deficiente e ao Superdotado do Rio Grande do Sul (Faders), do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Plano de Desenvolvimento e Valorização do Ensino Público Estadual. Segundo o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan, há urgência em apreciar os vetos relativos às emendas ao projeto do Cadin, que estão trancando a pauta. Criado em 1996, o Cadastro Informatizado é um importante instrumento de controle do uso das verbas públicas. Por este mecanismo é possível conferir a aplicação dos recursos repassados pelo estado aos municípios ou entidades. "A proposta original vedava totalmente o envio de novos recursos às prefeituras e às ONGs que não prestaram contas das verbas recebidas. Ao contrário do que vinha acontecendo, o projeto do governo Olívio não bloqueia de forma generalizada o repasse financeiro. E no caso de o município não ter prestado contas da verba recebida para o transporte escolar, não fica mais impedido de receber os recursos para outro Programa", exemplifica Ivar Pavan. A partir desta proposição, portanto, as prestações de contas terão relação entre programas. As emendas da oposição descaracterizaram a racionalização do desbloqueio geral, além de facilitar que volumes significativos de verbas fiquem sem controle do Cadin. "Não se pode prejudicar a comunidade e, tampouco, considerar secundária a prestação de contas. Para se ter uma idéia, só no ano de 1999, o governo estadual repassou às prefeituras R$ 72 milhões para a merenda escolar, transporte escolar, salário educação e Pradem", destacou. Assinalando que a Faders surgiu em 1973 para atender o excepcional, Ivar Pavan destacou que as alterações propostas pelo governo Olívio determinam que a Fundação deve ficar centrada no desenvolvimento de políticas para pessoas portadoras de deficiência ou de altas habilidades e não mais como entidade de atendimento e prestação de serviços. "Pela proposta apresentada pelo Executivo, a Fundação vai adotar políticas afirmativas frente às questões dos direitos humanos, acabando com o paternalismo e com o assistencialismo. Estamos buscando ações afirmativas. Outro projeto do Executivo objetivou a contratação temporária de 190 técnicos do Instituto Geral de Perícias. A iniciativa visou suprir as dificuldades de atendimento às demandas, durante o tempo necessário para a implantação do concurso público, além de atender a reivindicação do órgão. O governo acabou vetando a emenda 11, porque fere a autonomia dos poderes. Esta emenda fixou o prazo de 30 dias para publicação de edital de concurso público no quadro de carreira e 120 para o governo remeter ao Legislativo nova lei reestruturando as carreiras. Ivar disse que também está prevista a apreciação nesta terça-feira dos vetos ao projeto que implanta o Plano de Desenvolvimento e Valorização do Ensino Público Estadual.

08/06/2001


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