Despesa com a dívida deve cair 40% em 2002



Despesa com a dívida deve cair 40% em 2002 O pagamento de juros e amortizações da dívida interna brasileira, expressa em títulos públicos, deverá ficar entre R$ 150 bilhões e R$ 160 bilhões em 2002, segundo estimativa do secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rubens Sardenberg. Isso significa uma redução de, no mínimo, 40% em relação aos R$ 274,5 bilhões que vencem este ano. Sardenberg vem se esforçando para convencer o mercado de que o perfil da dívida interna do País é muito menos alarmante do que julgam os observadores mais pessimistas. Não importa saber quanto a dívida "vale" num determinado momento, a não ser que, como observa Rodrigo Azevedo, economista-chefe do CSFB Garantia, "você resolva quitá-la inteira naquele instante". O que importa é qual o impacto que o dólar e a taxa Selic causam no vencimento da dívida. Sardenberg e Azevedo concordam que é praticamente impossível que o câmbio continue disparado por um longo período de tempo. (pág. 1 e B1) * "O ódio dos mártires de Alá aos EUA não é normal. Bombas humanas não são produto de desespero, mas de uma fé intolerante." (Giovanni Sartori - "Il Corriere della Sera") (pág. 1 e A21) * Pela primeira vez, um diretor do BC conta o que apurou o inquérito do Banespa, encerrado em 95. Carlos Eduardo de Freitas revela que um rombo de R$ 29,3 bilhões foi causado, entre outros fatores, por acúmulo de créditos para o setor público: em 30/12/90, eles somavam US$ 5,95 bilhões, quase sete vezes o patrimônio líquido do banco. (pág. 1 e A4) * "O que 1 bilhão de muçulmanos têm em comum, além do Alcorão? A resposta é pobreza em massa. O islamismo afetaria pouco os afegãos, se eles fossem desenvolvidos. Mas os islamitas propõem uma explicação simplória: se os muçulmanos são pobres é porque os ocidentais são ricos. São as instituições políticas, mais que a religião, que fecham os muçulmanos na pobreza". (Guy Sorman) (pág. 1 e A20) * O Governo quer pressa na votação do projeto que torna flexível a CLT. Segundo o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, a expectativa é de aprovação até 15 de dezembro, o que já reduziria efeitos de eventual onda de demissões após as festas de fim de ano. (pág. 1 e B8) * A receita para o Brasil reduzir a vulnerabilidade externa é ter superávits comerciais maiores, na opinião de Ibrahim Eris, ex-presidente do BC. Para ele, isso exige manter o real subvalorizado. De qualquer modo, Eris prevê dificuldades nos próximos meses. (pág. 1 e B6) * "Os atentados do dia 11 podem criar o que Pedro, o Grande, a imperatriz Catarina e Boris Yeltsin não puderam: um Estado russo ancorado no Ocidente". (Michael Wines) (pág. 1 e A27) * (Afeganistão) - "Cada família deve fornecer pelo menos um homem para a guerra santa que se avizinha, e é proibido sair do país. Mas muita gente sai clandestinamente, porque a fronteira com o Paquistão é porosa. Tão porosa que o "Estado" entrou no Afeganistão, sobrevivendo ao decreto do Taleban que manda matar qualquer estrangeiro que se aviste. É uma terra onde as autoridades admitem não cuidar da economia do país, mas fazem questão de rezar para o repórter converter-se ao islamismo". (Lourival Sant'Anna) (pág. 1, A18 e A19) Editorial "Gravíssima denúncia da Petrobras" É preciso apurar a denúncia da Petrobras sobre esquema de assalto a seus cofres pela via judicial. Está em jogo a boa imagem do Judiciário e a dos que exercem a tutela jurisdicional, pedra fundamental do Estado Democrático de Direito. (pág. 1 e A3) Topo da página

10/07/2001


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