Dilma: reforma do conselho da ONU reflete necessidades da nova ordem mundial



A presidenta Dilma Rousseff rebateu as críticas sobre a insistência do governo brasileiro em defesa da reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma disse que a posição reflete a necessidade da nova estrutura da ordem mundial. Segundo ela, é necessário observar que várias das entidades internacionais estão “obsoletas”.

“Reformar o Conselho de Segurança não é capricho do Brasil. [É uma iniciativa que] reflete a correlação de forças do século 21. Mais do que isso exige que as grandes decisões sejam tomadas por organismos representativos”, afirmou a presidenta diante de diplomatas brasileiros e estrangeiros, no Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), na quarta-feira (20).

Dilma participou da cerimônia de formatura de 109 diplomatas, ao lado do vice-presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, do secretário-geral do Itamaraty, Ruy Nogueira, e do diretor do Instituto Rio Branco, Georges Lamazière.

Para a presidenta, é fundamental modificar a estrutura da ONU, assim como de outras entidades internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI). “[É necessário dar] a representação que os países emergentes têm no cenário internacional. Há que reformar [essas entidades]. A ONU também envelheceu”, disse ela.

Pela estrutura do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que é do final da 2ª Guerra Mundial, ocupam vagas permanentes os Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra. São integrantes provisórios por dois anos o Brasil, Turquia, Bósnia-Herzegovina, Gabão, Nigéria, Áustria, Japão, México, Líbano e Uganda.

Para as autoridades brasileiras, o ideal é aumentar o número de cadeiras de 15 (cinco permanentes e 10 provisórias) para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular. O assunto foi tema de conversas de Dilma com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e também da China, Hu Jintao. Em todas as reuniões que mantém com autoridades estrangeiras, Patriota menciona o tema.


Fonte:
Agência Brasil



20/04/2011 16:21


Artigos Relacionados


ONU tem papel importante na nova ordem mundial, diz Alcântara

Mulheres construindo uma nova ordem econômica mundial

Literatura: Editora UNESP lança "A nova des-ordem mundial"

Lando: a paz só será possível com a implantação de um a nova ordem mundial

Lúcio Alcântara quer reflexões sobre nova ordem mundial

Países em desenvolvimento devem participar da construção de uma nova ordem internacional, diz Dilma