Lúcio Alcântara quer reflexões sobre nova ordem mundial



Os atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos impuseram novos parâmetros às relações internacionais, avaliou o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE). Ele disse que, apesar das dimensões da tragédia, essa pode ser uma boa oportunidade para repensar a organização mundial. "O Brasil vem se tornando um interlocutor cada vez mais respeitado no cenário internacional e pode aproveitar essa posição para denunciar distorções intoleráveis", salientou.

- Se não for por motivos humanitários, que seja por questões pragmáticas de sobrevivência, pelo menos para dar início ao processo. Se formos capazes de juntar idealistas e pragmáticos numa mesma revisão das relações entre os povos, quem sabe conseguiremos finalmente caminhar na direção de maior eqüidade na distribuição das riquezas entre os homens - disse.

Na opinião de Lúcio Alcântara, o mundo se vê hoje às voltas com novos parâmetros não só nas relações entre estados, mas também entre culturas, religiões e grupos étnicos. "Ficou a nu a fragilidade da atual divisão geopolítica, criada de modo artificial na primeira metade do século XX", afirmou. Para o senador, regiões como África, Europa Central e balcânica, Oriente Médio e a Ásia a oeste da China são barris de pólvora. Nesses locais houve divisões territoriais que não respeitaram as origens dos povos e seus domínios históricos, suas unidades ou diversidades culturais, suas crenças religiosas. "Tudo isso forjou câmaras de pressão crescentes que podem explodir a qualquer momento", disse.

Para Alcântara, algumas lições já podem ser aprendidas com a situação do Estados Unidos: a de que nenhum país está livre de ter sua integridade territorial afetada; a de que ninguém pode ser fechar em um clube exclusivo ignorando o resto da humanidade, e a de que por mais hegemônica, a posição dos Estados Unidos não pode mais ser exercida isoladamente. De tudo isso, salientou o senador, deve nascer uma nova ordem mundial.

- No Brasil temos experiência do quanto a exclusão social pode custar a uma nação. Os desafortunados abandonam qualquer tipo de compromisso com a ética para tentar recuperar a dignidade que lhes é roubada pela injustiça social - afirmou.

08/11/2001

Agência Senado


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