Diógenes diz que deu “carteiraço” em Luiz Tubino





Diógenes diz que deu “carteiraço” em Luiz Tubino
O Governador diz que vai colaborar com a CPI da Segurança, para “separar meia dúzia de laranjas podres”.

Ontem, antes de embarcar para Dacar, o governador Olívio Outra reafirmou : "Não há remota ligação do Governo com a contravenção e com a ala podre da Polícia".

O governador do Estado, Olívio Dutra reafirmou ontem que o presidente do Clube de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, nunca teve qualquer autorização, sua ou de outras pessoas do governo, para falar com o ex-chefe de Polícia, Luiz Fernando Tubino.

Em relação às denúncias de envolvimento do Executivo com o jogo do bicho, o governador voltou a enfatizar que "não há a remota ligação do Governo com a contravenção e com a ala podre da Polícia". Lembrou ainda que sua administração tenta há três anos desmontar este esquema.

No aeroporto Salgado Filho, antes de viajar para Dacar, no Senegal, onde participa da reunião do Comitê Internacional do Fórum Social Mundial, que será realizado em janeiro em Porto Alegre, Olívio falou que o Governo encaminhará documentos sobre a contravenção no Estado para auxiliar a CPI da Segurança Pública. "Não quero que meia dúzia de laranjas podres estraguem o cesto."

O governador declarou ainda que tem total confiança no PT e acredita que serão tomadas as devidas providências para punir os erros cometidos por Diógenes de Oliveira.


Bernd: "Ele é o PC Farias de Olívio Dutra".
O deputado Mário Bernd (PPS) vê com "tristeza" o momento pelo qual passa o Rio Grande, com as imputações feitas sobre as "relações financeiras" entre o Piratini e o jogo do bixo. "O Estado era um esteio de ética. Agora, além de um ministro, tem que arcar com assacadilhas contra o governador", observa.

Para Bernd, o governador Olívio Dutra deveria apressar-se a separar sua imagem à do presidente do Clube de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, que o acompanha há quatro campanhas. "O Diógenes está se caracterizando como o PC Farias do Olívio", diz, referindo-se ao tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor.

Bernd convidou Olívio a ir até a CPI da Segurança. 'A Constituição lhe dá o direito de explicar. Ele não precisa fazer isto pela imprensa." E sugeriu a Olívio que não coloque a mão no fogo pelo PT. "Ou chame um cirurgião plástico, com urgência."


Bisol e Augustin convocados.
O presidente do Clube de Seguros e da Cidadania, Diógenes de Oliveira, será ouvido dia 5 de novembro. Para o relator da CPI, deputado Vieira da Cunha (PDT), o depoimento deverá elucidar os pontos ainda obscuros.

Vieira disse que ainda serão ouvidos os secretários José Paulo Bisol (Justiça e Segurança Pública), e Arno Augustin (Fazenda), o comandante da Brigada Militar Gerson Nunes e o chefe de Polícia, José Antônio de Araújo.

Após a conclusão do relatório, e se houver a comprovação dos delitos, o relator da CPI promete enviar o material ao Ministério Público, Tribunal de Contas e Justiça Eleitoral.

VIOLÊNCIA - A CPI está entrando no seu sétimo mês de trabalho. Ela foi instalada em 18 de abril, com o objetivo de averiguar as causas do aumento da violência.

Em maio, os trabalhos tomaram outro rumo, depois de denúncias de que cinco deputados teriam recebido doações de bicheiros para a campanha ao Governo, em 1998. As doações teriam chegado também ao Clube de Seguros, que comprou a a sede estadual do PT por R$ 310 mil.


Empresários jogam as suas fichas em Jereissati
Eles consideram Ciro Gomes “imprevisível”, Itamar Franco “pouco confiável” e Anthony Garotinho um “aventureiro”.

A disputa, agora explícita, entre José Serra e Tasso Jereissati pela legenda do PSDB deflagrou definitivamente a sucessão presidencial e agradou aos grandes empresários, que nos encontros reservados já tomaram uma decisão: vão despejar dinheiro mesmo é na campanha do candidato governista em 2002.

A Folha de São Paulo afirma que há cerca de um mês, Tasso recebeu o apelo de empresários para que lançasse já sua candidatura e ocupasse mais espaço no cenário político. Tasso admitiu que era essa a sua intenção. Ele desperta mais simpatia no grupo que faz as doações mais generosas para campanhas eleitorais.

É empresário, de família de empresários e elogiado como "bom negociador e malcável". "Fala nossa língua", diz um deles.

José Serra, apesar de ser visto como um político "centralizador" e "mais voluntarioso", tem a origem paulista como um ponto a seu favor, além do discurso desenvolvimentista.


Imunidade parlamentar na Câmara.
O presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, informou que vai reunir os líderes partidários, na quarta-feira, para buscar um acordo sobre o projeto que regula a imunidade parlamentar. Aécio Neves comentou que, com ou sem acordo, a matéria vai entrar na pauta de votações da Câmara nos dias 6 e 7 de novembro.

O relator do Conselho de Ética, deputado cearense Moroni Torgan (PFL), apresenta amanhã, o anteprojeto do regulamento do novo órgão que será encarregado de julgar denúncias contra deputados por quebra de decoro.


Sucessor de Jader é próximo alvo da oposição.
Ribeiro é acusado de ter desviado recursos do Banpará

A posse do senador paraense Fernando Ribeiro (PMDB), na quinta-feira da semana passada, em substituição a Jader Barbalho (PMDB-PA), já está movimentando o Senado Federal. A bancada de oposição se reunirá amanhã para discutir a possibilidade de iniciar um procedimento contra ele.

Ribeiro é um dos acusados de envolvimento no desvio de verbas do Banpará, em 1994, quando Jader era governador do Estado do Para. Assessor direto do então governador, ele teria se beneficiado com os recursos.

O nome de Ribeiro aparece várias vezes no relatório do Banco Central sobre os desvios da instituição. O novo senador paraense foi segundo suplente de Jader e assumiu a vaga depois da desistência formal de Laércio Barbalho, primeiro-suplente e pai do ex-senador.


Editorial

Indústria e emprego

Uma análise da evolução do parque industrial nacional, de 1985 a 1999, realizada pelo IBGE, revelou que, enquanto o número de empresas industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas cresceu 1,38% ao ano, passando de 97.221 para 117.838 no período, o emprego no setor caiu.

Em 1985, havia quase 5,5 milhões de pessoas trabalhando na indústria, número que caiu para cinco milhões em 1999, uma queda de 0,65% ao ano. Foram perdidos 500 mil postos de trabalho.

Os dados da Pesquisa Industrial Anual- Empresas de 1999 revela que a evolução destas duas variáveis (número de empresas e de empregados) resultaram numa redução anual de dois por cento no tamanho médio das empresas ao longo destes 14 anos estudados, passsando de 56,4 pessoas ocupadas por indústria, em 1985, para 42,5 em 1999.
Em oposição ao movimento das grandes empresas, o grupo das micro e pequenas foi o único que apresentou crescimento de participação.

No período analisado, de 1985 a 1999, o grupo aumentou o número de empresas (de 91,5% para 93,7%), a quantidade de empregos (de 26,7% para 37,8%) e a receeita liquida (de 13,8% para 15,2%). Embora se possa apontar fatores como a anterior instabilidade econômica e inflação alta (entre 1985 e 1995) e, posteriormente, a abertura econômica e a globalização como fatores que levaram as indústrias a reestruturarem seus quadros, é importante considerar que o que mais inibe micro, pequenos, médios e grandes empresários a gerar empregos em nosso País são os elevados encargos sociais. Não houvesse tantos tributos a cada nova vaga de emprego formal, certament e os números do IBGE não seriam tão desfavoráveis para o trabalhador.


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10/29/2001


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