Diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi é reconduzido ao cargo



O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, esteve em Belém (PA), para reconduzir o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) ao cargo por quatro anos, na tarde desta quinta-feira (6). O linguista Nilson Gabas reafirmou os compromissos com o desenvolvimento da instituição para geração de conhecimento.

"O MPEG é um dos mais importantes institutos de pesquisa da região amazônica”, disse Raupp. “E o desenvolvimento do conhecimento, da ciência, da tecnologia e melhor uso dos recursos naturais da Amazônia representa desenvolvimento para todo o País. Os principais polos econômicos do Pará, que são Belém, Marabá, Altamira, Castanhal e Santarém, já contam com universidades e institutos de pesquisa. Há vários projetos sendo desenvolvidos em parceria com o governo do estado para o desenvolvimento da Amazônia e de todo o País", afirmou, mostrando-se emocionado por ter plantado uma das mudas que vão compor o acervo vegetal do museu.

O ministro visitou o jardim botânico e zoológico, plantou um angelim – uma das árvores mais altas da Amazônia, que pode chegar a 60 metros de altura – e anunciou investimentos no Pará e na região amazônica. O mesmo ritual do plantio foi feito por Gabas, mas com uma muda de guajará, que dá nome à baía que banha a capital estadual. Parlamentares, reitores, cientistas e servidores participaram do evento.

O titular do MCTI destacou a existência de uma rede acadêmica sólida na região amazônica, a MetroBel, em funcionamento desde 2007, interligada ao backbone (estrutura de redes de computadores que integram um amplo sistema de comunicação) nacional. Essa rede está sendo fortalecida por quatro universidades federais: a do Pará (UFPA), a da Amazônia (UFRA), a do Oeste do Pará (Ufopa) e a do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

Raupp passou por vários setores do jardim zoológico e botânico do MPEG com Gabas, que mostrou os avanços dos primeiros quatro anos de gestão e falou sobre os desafios para o novo mandato. O diretor apresentou o Aquário Jacques Huber – com inauguração prevista para 6 de outubro – e o centro de exposições Eduardo Galvão, que terá 1,5 mil metros quadrados de área de exposição. Foram apontadas pelo linguista várias melhorias atender os mais de 300 mil visitantes anuais do museu.

Realizações e metas

Nilson Gabas destacou investimentos em tecnologia da informação (TI) e comunicação institucional. Os planos de investimento para a segunda administração incluem reforço em pesquisa, pós-graduação, coleções científicas, cooperação internacional, infraestrutura, segurança, gestão e capacitação de recursos humanos.

"Não é fácil assumir uma instituição como esta, de quase 150 anos, a mais antiga da Amazônia. Mas quero, nesta segunda gestão, colocar o MPEG no rumo da excelência dentro do contexto de inovação e o tornando um indispensável centro de pesquisa da Amazônia e para a Amazônia”, disse. “Dentre alguns projetos estamos patenteando o processo de produção de terra preta, que deve ter grande impacto na agricultura familiar; investimento na pesquisa de óleos; e queremos fazer um censo da biodiversidade, que comece aqui e se expanda para todo o Brasil."

Ele disse que os avanços do setor de TI se espelharam nos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). “E com o início da Escola Superior de Redes da UFPA, teremos como formar pessoas e retê-las na região, o que hoje é um grande desafio", concluiu o diretor do MPEG, agradecendo a todos os trabalhadores do museu.

Sobre o museu

O Museu Paraense Emílio Goeldi foi criado em 1866 e se tornou um instituto federal na década de 1950. É a consolidação do primeiro projeto científico nacional de estudo da Amazônia. Para compreender a história natural, a diversidade biológica e os sistemas socioculturais da região, a instituição mantém atividades em todos os estados amazônicos.

O resultado das pesquisas é a constituição de 17 acervos bibliográficos e documentais em diversos campos – etnografia, arqueologia, linguística, zoologia, botânica, minerais, rochas, fósseis. As coleções do MPEG reúnem mais de 4,5 milhões de itens catalogados. Por ano, cerca de 600 jovens participam de programa de estágios, bolsas e pós-graduação do MPEG.

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



07/02/2014 12:18


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