Diretor e procurador da Anac negam pressão para venda da Varig



O ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Leur Lomanto e o ex-procurador da autarquia João Ilídio de Lima Filho negaram qualquer pressão para liberação da venda da VarigLog e, posteriormente, da Varig, para o fundo norte-americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros - Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel. Eles prestaram depoimento em audiência convocada pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) para tratar do assunto.

Evocando seus sete mandatos de deputado federal, Leur Lomanto afirmou que não aceitaria "nenhuma pressão de quem quer que seja", até porque estava no exercício de seu mandato de diretor da Anac. Disse que apenas a entidade cumpriu com suas funções buscando o maior respaldo possível.

Já João Ilídio afirmou que não foi pressionado, não se sentiu pressionado e não admitiria ter sido pressionado. Ele também negou qualquer contradição entre os dois pareceres sobre o assunto emitidos pela procuradoria, como foi sugerido pela ex-diretora da entidade Denise Abreu, em depoimento, mais cedo, na mesma audiência da CI.

Em resposta à líder do bloco de apoio ao governo, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), Leur Lomanto afirmou que não houve pressão, mas, sim, pressa, para a solução do problema da Varig. Segundo ele, a pressa não veio somente do governo, mas do Congresso Nacional e dos sindicatos, tanto de aeronautas quando das empresas aéreas.



11/06/2008

Agência Senado


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