Dirigentes de estatais discutem crise de energia no Senado
Em vários depoimentos prestados antes nessa comissão, como os dos professores Ildo Sauer, da Universidade de São Paulo, e José Pinguelli Rosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o ministro da Fazenda, Pedro Malan, foi criticado por impedir expressamente os dirigentes dessas estatais de realizarem investimentos no setor energético, com vistas ao aumento potencial da geração de energia elétrica do país.
O argumento básico que teria sido utilizado pelo ministro, nos contatos mantidos com o setor, teria sido a prioridade conferida pelo atual governo à realização de um superávit primário nas contas públicas próximo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme acordo feito com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os gastos das empresas estatais, mesmo os investimentos, são computados nos cálculos do governo central. Por este motivo, aproximadamente 0,6% do PIB deixou de ser investido pelas empresas estatais, para garantir sua cota na formação do superávit primário nas contas públicas neste ano, por exemplo. Vários senadores, principalmente do Bloco Oposição, querem saber a quantidade de energia elétrica que deixou de ser gerada no país, nos últimos anos, por causa dessa orientação de política econômica, de manter superávits primários a qualquer custo.
27/08/2001
Agência Senado
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