Dívida pública cai 0,4% em setembro e redução pode se repetir neste mês
A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,415 trilhão em setembro. Esse resultado correspondeu a 41% de tudo o que o País produz – o Produto Interno Bruto (PIB) –, conforme informou hoje (29) o Banco Central (BC). Em relação a agosto deste ano, houve redução de 0,4 ponto percentual.
“Essa redução foi determinada, sobretudo, pelo superavit primário registrado no mês, e pelo crescimento do PIB corrente”, informa o BC no relatório.
No ano, a relação entre a dívida e o PIB registrou queda de 1,8 ponto percentual. “Os principais fatores que contribuíram para esse redução foram o superavit primário, com 2,2 pontos percentuais do PIB, e o efeito do crescimento do PIB corrente, com 3,8 pontos percentuais. Em sentido contrário, os juros nominais apropriados e a valorização cambial de 2,7% no ano contribuíram para as elevações correspondentes a 4 pontos percentuais e 0,3 ponto percentual do PIB, respectivamente”, diz relatório do BC.
A dívida bruta dos governos federal, estaduais e municipais chegou a R$ 2,057 trilhões em setembro, o que correspondeu 59,6% do PIB, aumento de 0,2 ponto percentual em relação a agosto deste ano.
Em outubro, BC projeta dívida de 40,6% do PIB
Ainda nesse movimento de queda, que se estende desde o começo deste ano, a dívida líquida do setor público, em outubro, deve corresponder a 40,6% de tudo o que o País produz – Produto Interno Bruto (PIB, conforme projeção divulgada também nesta sexta-feira (29) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes.
Se a projeção se confirmar, haverá, mais uma vez, uma redução de 0,4 ponto percentual, em relação a setembro deste ano.
Segundo Lopes, o resultado primário – economia que o Estado brasileiro faz para pagar os juros da dívida pública – deve contribuir para a redução da dívida pública neste mês. Essa projeção também tem como parâmetro a cotação do dólar em R$ 1,70.
Para o ano, a expectativa é que a relação entre dívida líquida do setor público e o PIB fique em 40%.
Lopes acrescentou que outro desejo é cumprir a meta de superavit primário de 3,3% do PIB neste ano. Já na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC considera a possibilidade de que, neste ano, esse percentual possa ser reduzido em 0,90 ponto percentual.
“Do ponto de vista fiscal, estamos trabalhando com o cumprimento da meta [de 3,3% do PIB]”, disse Lopes.
De janeiro a setembro, o superavit primário ficou em US$ 75,537 bilhões, o que corresponde a 2,90% do PIB. Em 12 meses, encerrados no mês passado, o resultado primário positivo fica em US$ 102,341 bilhões e representa 2,96% do PIB.
Fonte:
Agência Brasil
29/10/2010 17:27
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