DJALMA BESSA CONSIDERA ILÓGICO NÃO PAGAR A DÍVIDA EXTERNA



O senador Djalma Bessa (PFL-BA) disse que "não tem sentido nem lógica" deixar de pagar a dívida externa, e criticou movimento neste sentido organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) junto com a Central Única de Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), partidos de oposição e movimentos populares.
Esses setores promovem de 2 a 7 de setembro um plebiscito para saber se o Brasil deve continuar pagando a dívida externa ou se deve antes realizar uma auditoria pública sobre esse débito, que soma hoje US$ 236 bilhões. "Essa dívida precisa ser paga, como outras dividas foram pagas. O Brasil há de honrar seu compromisso, há de prestigiar a sua palavra", defendeu o senador.
De acordo com o parlamentar, nenhum país deve recursos sem ter necessidade. Ele explicou que o Brasil precisa de dinheiro externo porque sua poupança interna é insuficiente para os investimentos sociais de que o país precisa. "O que o Brasil está fazendo é o que todos os países fizeram, inclusive o país mais rico do mundo, que é os Estados Unidos", afirmou ele.
Djalma Bessa lembrou que os Estados Unidos têm uma dívida bem maior que a brasileira e que nem por isso a população americana anda preocupada com esse débito, e acrescentou que no Brasil também não há por que ficar-se assustado com a dívida. Ele ressaltou que o Brasil tem recebido empréstimos de países como Estados Unidos, Japão, Inglaterra e Canadá, e observou que "se esses países emprestam é porque sabem que o Brasil pode e vai pagar o que deve".
O senador explicou que os compromissos externos se destinam sobretudo a resolver problemas sociais e salientou que a população tem pleno conhecimento disso. "Essas dívidas não foram contratadas de modo secreto. O Senado as examinou e as aprovou", enfatizou ele.
Djalma Bessa disse que a CNBB deseja, com o plebiscito, mostrar que o país deve ser prudente com o endividamento externo, mas na sua opinião, o governo tem agido com cuidado e cautela. "Quem tem necessidade de recursos externos não pode se contentar com poucos recursos, é mesmo necessário um endividamento maior", afirmou ele.

29/08/2000

Agência Senado


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