Dois vetos devem ser apreciados antes dos projetos da Brigada Militar esta tarde



A sessão plenária desta tarde, programada para votar os dois Projetos de Lei Complementar do governo do Estado que dispõem sobre o Plano de Carreira e mudança no estatuto da Brigada Militar, também vai examinar dois vetos totais do governador a projetos de origem parlamentar. Por trancarem a pauta, os vetos serão os primeiros a serem votados. Um deles refere-se ao projeto do deputado José Ivo Sartori (PMDB) que promovia alterações no Código Florestal, adequando-o à realidade da agricultura das pequenas propriedades. Por acordo de líderes, esse veto que deveria ser examinado ontem, passou para a sessão plenária desta tarde.

O segundo veto do Executivo refere-se ao projeto do deputado Giovani Cherini (PDT), que estabelecia política para o setor cooperativista. O veto também tranca a pauta dos trabalhos e deve ser examinado antes dos Projetos de Lei Complementar da Brigada Militar.

Os dois Projetos de Lei Complementar da Brigada Militar, um que dispõe sobre o plano de carreira e outro que modifica o estatuto da BM serão votados na sessão plenária desta quarta-feira, seguindo o que determinou o acordo de líderes firmado na semana passada. As emendas aos projetos somente serão apresentadas em plenário e todas foram submetidas a apreciação das entidades que congregam os policiais militares. A discussão das alterações com as entidades tem por finalidade evitar que os policiais militares sejam surpreendidos com mudanças indesejáveis ao projeto. Por essa razão, não serão aceitas emendas em plenário sem o conhecimento das entidades que representam a Brigada Militar.

Carreira
O projeto de lei do Executivo altera a legislação que dispõe sobre a carreira dos servidores militares, criando um novo plano de carreira para os policiais militares estaduais de nível médio, que atuam como operadores de polícia ostensiva. A Brigada Militar está dividida em dois grandes grupos, sendo um dos militares estaduais gerenciadores e o outro de operadores. Os militares gerenciadores são os oficiais do posto de Capitão ao posto de Coronel, e os operadores são os militares de nível médio, da graduação de Soldado ao posto de Tenente. Enquanto os militares gerenciadores possuem uma carreira definida, de ascensão funcional baseada tanto no merecimento como em antigüidade, permitindo o acesso equilibrado às hierarquias superiores, os operadores não possuem igual plano de carreira. O projeto de lei pretente, então, igualar esse acesso, estimulando os militares operadores a buscarem o aprimoramento e qualificação.

Estatuto dos Servidores Militares
O segundo projeto de lei complementar que será votado no dia 28, também de iniciativa do governo, altera o Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar, sendo que um dos objetivos é permitir que o militar, com formação de nível médio, possa aspirar à promoção a Tenente e não apenas a Terceiro-Tenente, como ocorre atualmente. Com a alteração, serão levados em consideração "a antiguidade e o merecimento, permitindo acesso equilibrado às hierarquias superiores, servindo como agente estimulador para que o militar busque a sua qualificação e aprimoramento".

A alteração no estatuto assegura também que o servidor militar, que se julgar prejudicado, poderá recorrer e solicitar a anulação do ato, sendo que atualmente o estatuto prevê apenas pedido de reconsideração. Outra alteração se refere à revogação da autorização de porte de armas para os Praças, e no caso do servidor militar estar com sentença penal condenatória com trânsito em julgado, havendo exceção se a pena for beneficiada com sursis.

08/28/2002


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