Dólar fecha inalterado em semana turbulenta








- Dólar fecha inalterado em semana turbulenta

- Após uma valorização que atingiu 15% na semana, o dólar sofreu a segunda queda seguida, caindo 4,44%, e fechou a R$ 3,01, praticamente o mesmo valor com que encerrou a semana passada (R$ 3,015).

Segundo operadores, uma entrada de dólares logo pela manhã definiu a baixa da moeda. O Banco Central também ofereceu sua ração diária de US$ 50 milhões ao mercado.

A queda foi impulsionada ainda pelo prosseguimento das negociações com o FMI.

O Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial também avaliam empréstimos de emergência ao Brasil. O BID estuda usar parte de sua recém-criada linha de emergência, cujo objetivo oficial é minorar custos sociais durante ajustes necessários em situações de crise econômica.

O banco desembolsou US$ 250 milhões para o Brasil, como primeira parcela de um empréstimo de US$ 500 milhões concedido em 2001 para o combate à pobreza. (pág. 1 e B4)

- A Força Sindical, de Paulo Pereira da Silva, vice de Ciro Gomes (PPS), usou um só nome para explicar gasto com 32 cursos de qualificação em 2001, relata Eliane Cantanhêde. O trabalhador fez um único curso.

A denúncia integra relatório da Controladoria Geral da União sobre ato irregular em convênio da Força e o Ministério do Trabalho. "Houve problema no sistema ou invenção", diz Paulinho. (pág. 1 e A11)

- O palco sobre o qual o candidato à Presidência pelo PSB, Anthony Garotinho, fazia um comício no centro do Rio desabou às 20h de ontem, ferindo dezenas de pessoas.

Junto com Garotinho estavam a sua mulher, Rosinha Matheus, candidata ao governo do estado, o presidente nacional do PSB, Miguel Arraes, e mais 150 pessoas. (pág. 1 e A7)

- O Governo considera importante que os candidatos à Presidência deixem claras as suas posições em relação ao novo acordo com o FMI.

A afirmação foi feita pelo ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, que disse que, até o momento, as manifestações têm sido "bastante positivas".

Diante da recusa dos presidenciáveis de oposição de endossar formalmente o novo acerto, o Governo e o próprio FMI desistiram dessa idéia.

"Quem tem de, nesse momento, formalizar, assinar o acordo e discutir os seus detalhes é o Governo", afirmou o ministro-chefe. (pág. 1 e A4)

- A Polícia Federal apreendeu no Rio cerca de 50 mil munições contrabandeadas do Paraguai, na maior apreensão na cidade desde maio de 2001.

As munições estavam escondidas em três carros e num depósito na favela Carobinha. Numa casa em Jacarepaguá, foram encontrados US$ 25 mil.

Quatro homens e duas mulheres foram presos. Entre eles, havia um ex-cabo e um ex-sargento do Exército, que serviram na fronteira do Paraguai.

A prisão dos suspeitos foi feita depois de perseguição e troca de tiros. (pág. 1 e C1)

- O presidente argentino Eduardo Duhalde sofre pressão de empresários locais para impedir a compra de 58,6% da petrolífera Perez Companc pela Petrobras, como anunciado.

A preocupação é ceder uma área considerada estratégica para o controle estrangeiro. Pela Constituição, o Governo tem poder de veto. (pág. 1 e B9)

- O governo uruguaio admitiu que vai estabelecer restrições aos saques de depósitos bancários para evitar a quebradeira do sistema financeiro. Segundo a mídia local, serão congelados depósitos a prazo fixo em bancos públicos ou nos quais o Banco Central interveio. O dinheiro seria devolvido ao longo de três anos. (pág. 1 e B9)

- Um só trabalhador, com o mesmo CPF, foi usado pela Força Sindical, à sua revelia, para justificar o pagamento de 32 cursos de qualificação profissional no ano passado, em diferentes estados do País e sobretudo em cidades do interior de São Paulo. Mas só fez efetivamente um curso.

A Força Sindical é presidida por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que está licenciado do cargo para concorrer à Vice-Presidência da República na chapa do candidato Ciro Gomes, da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB). (...)

A denúncias contra a central constam de um relatório de cerca de 30 páginas da Controladoria Geral da União sobre irregularidades em convênios entre o Ministério do Trabalho e a Força Sindical - que tem 15 dias, a partir de 30 de julho, para responder às acusações.

O valor do convênio entre o Ministério do Trabalho e a Força Sindical foi de R$ 38 milhões para cerca de 245 mil vagas de treinamento de trabalhadores. (...)

A Controladoria foi criada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, a quem é subordinada. Daí porque Ciro Gomes acusa o Governo de estar colocando sua estrutura a serviço da candidatura oficial do tucano José Serra e contra as candidaturas adversárias.

Em nota de 30 de julho da Controladoria, Anadyr reproduz textos anteriores do órgão para dizer que não há uso político (...) (Eliane Cantanhêde) (pág. A11)


Colunistas

PAINEL

O PFL de ACM só espera Paulo Pereira da Silva, suspeito de tentar comprar o silêncio de um sindicalista, desistir da vice de Ciro Gomes para indicar o deputado federal Félix Mendonça (PTB-BA) para a vaga.

  • Acuado, Paulinho responsabiliza o PFL cirista pelo que chama de "complô" contra sua candidatura a vice. Disse à Força Sindical que partido municiou as investigações contra ele.

  • Paulinho foi convencido por Roberto Freire (PPS) de que o PFL, e não apenas o PSDB de José Serra, "conspira" contra sua candidatura na chapa de Ciro.

  • A ordem na Força Sindical e no comitê de Paulinho (PTB) ontem era tentar evitar que Rogério Magri, ex-ministro de Collor e membro da coordenação da campanha do vice de Ciro Gomes, fosse fotografado ou filmado pela imprensa.

  • Ciro Gomes (PPS) espalha ter recebido dois dossiês contra Lula. O presidenciável teria rasgado os documentos sem lê-los. (pág. A4)


    Editorial

    INDEFINIÇÃO

    Nas negociações a toque de caixa entre o Governo brasileiro, o Fundo Monetário Internacional e o Tesouro dos Estados Unidos, há uma "cláusula política" difusa. Menciona-se a necessidade de algum tipo de endosso ao novo acordo com o Fundo por parte dos candidatos à sucessão presidencial. (...)

    É virtualmente impraticável, neste momento, qualquer solução de compromisso entre os candidatos à Presidência que vá além de um acordo político genérico. E o núcleo desse compromisso deve girar em torno da disposição de manter baixa a inflação e de cumprir a meta de superávit primário que, afinal, já estará designada na lei orçamentária quando o novo presidente assumir - contanto, é claro, que o FMI não exija um aumento drástico desse arrocho.

    Como se trata basicamente de um acordo político, é de FHC que deve partir a iniciativa de costurá-lo com os presidenciáveis. (...) (pág. A2)


    Topo da página



    08/03/2002


    Artigos Relacionados


    Dólar fecha semana a R$ 3

    Ibovespa fecha setembro com ganho de 6,58% e dólar cai 3,7%

    Malan frustra mercado e dólar fecha a R$ 3,015

    Dólar recua pela 1ª vez na semana

    Confira o que abre e o que fecha no fim de semana

    Confira o que abre e o que fecha no fim de semana