Malan frustra mercado e dólar fecha a R$ 3,015








- Malan frustra mercado e dólar fecha a R$ 3,015

- O ministro da Fazenda, Pedro Malan, frustrou as expectativas dos investidores, que esperavam o anúncio de um acordo de transição com o Fundo Monetário Internacional, e derrubou o mercado brasileiro.

A Bolsa de Valores de São Paulo caiu 4,64%, o risco-país subiu 7,68%, atingindo 1.991 pontos, e o dólar fechou acima de R$ 3 pela primeira vez na era Real: R$ 3,015, em alta de 0,67%. "Não tenho nenhum coelho para tirar da cartola. Não vamos fazer mágicas, nem piruetas", disse Malan, sem anunciar qualquer medida para deter a escalada da moeda americana, que acumula valorização de 6,91% no mês.

"Ele falou o que as pessoas já conhecem. Com o estresse do mercado, esperava-se alguma ação mais contundente", comentou Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora Sênior.

No Equador, o presidente Fernando Henrique Cardoso atacou o que ele chamou de "mania de Pitonista", referência à adivinha da mitologia grega, e disse que o mercado está fazendo apostas erradas. (pág. 1 e A-9)

- Liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral, a pedido da coligação de José Serra, impede a divulgação de pesquisa CNT/Sensus programada para segunda-feira. Para os advogados que entraram com o requerimento, o instituto não anexou o disco com os nomes dos candidatos e fez indagações sobre a influência dos candidatos a vice de Lula, Ciro e Garotinho, e ignoraram a vice na chapa de Serra. (pág. 1 e A-6)

- O chefe de Polícia Civil, Zaqueu Teixeira, acusou a Telemar de prejudicar o combate ao crime no Rio por ter desligado 99 linhas de telefones da instituição. Com os cortes, ocorridos há 15 dias e ontem, sob a alegação de que a conta de dezembro não fora paga pelo governo, operações de repressão ao crime como o roubo de carros ficaram prejudicadas. As linhas foram desligadas na manhã de quinta-feira e só voltaram a operar ao meio-dia de ontem. Houve interrupção no sistema do Proderj, que armazena o banco de dados do estado. (pág. 1 e C-3)

- O Congresso vai ter que tirar recursos do próprio bolso para garantir um aumento real para o salário mínimo no ano que vem. Se depender do Governo federal, o índice de reajuste será equivalente apenas às perdas da inflação em 2002. O presidente Fernando Henrique Cardoso excluiu da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2003, aprovada pelo Congresso em junho, a reserva de contingenciamento de R$ 6 bilhões. O montante era destinado ao aumento do salário mínimo e às emendas de parlamentares. (...) (pág. 2)


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA - Dora Kramer

Não é impossível - aliás, soa bastante provável - que Ciro Gomes reaja com frieza aos números das pesquisas de opinião apenas para manter a coerência. Ou a pose. Ele sempre desprezou a utilidade delas como instrumento eficiente para medir intenções de votos, houve vezes em que até externou desconfianças a respeito da lisura de uma ou outra. Portanto, não seria agora, que está bem nas pesquisas, que o voluntarioso Ciro daria o braço a torcer.

"Continuo achando que a eleição não deve se pautar pelas pesquisas e agora ainda adiciono um outro problema: é preciso tomar muito cuidado com o risco de ficar politicamente isolado", diz o candidato da Frente Trabalhista, que não detalha muito a tese, mas provavelmente está falando a respeito das popularíssimas figuras do salto alto e da vidraça, objetos que costumam acompanhar os ocupantes das cristas das ondas. (...) (pág. 2)

(Informe JB - Gustavo Krieger) - Garotinho nega ter um plano B, com a possibilidade de concorrer ao Senado, à Câmara ou ao governo fluminense, mas as pesquisas deixam claro que o caminho será aberto. Ele tem índices no Rio capazes de garantir posição confortável na disputa por qualquer cargo. (pág. 6)


Editorial

EXIBIÇÃO DE FORÇA

O crime lastrado pelo tráfico de drogas e armas sustenta-se com a intimidação dos moradores e impedindo o enraizamento do poder público nas áreas sob seu domínio. Não poderia, portanto, deixar sem resposta o anúncio oficial de uma nova fase de preenchimento do vazio estatal nas favelas. A execução do tríplice ato de violência confirma que a lei não pode admitir a existência paralela do crime. A propósito: por onde anda o traficante "Elias Maluco", mandante da morte de Tim Lopes? O tempo corre em vão à espera do resultado da operação para prendê-lo. (pág. 14)


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07/27/2002


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