DORNELLES MANIFESTA CONFIANÇA NO FUTURO DA ECONOMIA



As duas maiores preocupações do Brasil atualmente são o desemprego, que atingiu um índice de 7,59% no ano passado, e a volta da inflação, mas, segundo o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, não há motivos para previsões pessimistas. Durante entrevista à TV Senado, no programa Agenda Econômica, que vai ao ar nesta quarta-feira à 1h, 5h, 13h30 e 21h15, o ministro afirmou que isso só vai acontecer se o governo permitir a volta do processo de indexação e o desequilíbrio das contas públicas.Segundo o ministro Dornelles, o governo vai exercer uma política fiscal rígida, gastando só o que arrecadar, sem permitir a volta da indexação, além de controlar a política monetária, com juros altos no início. Ele disse que o governo também pode utilizar, sempre que necessário, os impostos sobre o comércio exterior, reduzindo ou ampliando as alíquotas. Dornelles está otimista em relação ao futuro do país e adiantou que o ano de 99 será melhor do que o previsto, mas difícil até maio.Sobre o desemprego, o ministro do Trabalho afirmou que a desvalorização cambial é boa para incentivar as exportações, a substituição das importações e ainda possibilita ganhos para a agricultura. Além disso, o governo destinou R$ 4 bilhões do Fundo de Garantia para investir em Habitação, outro setor que precisa de muita mão-de-obra. Outras fontes de investimento para o governo, segundo Dornelles, serão as privatizações das companhias de energia elétrica e de saneamento, que deverão acontecer este ano.O ministro defendeu a apresentação de três propostas constitucionais para resolver o problema da economia informal. A primeira delas é a mudança de um artigo da Constituição que estabelece tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas nas áreas fiscal e previdenciária. Dornelles defende também o tratamento diferenciado para a área trabalhista.Outra proposta é discutir com as centrais sindicais a flexibilização na legislação trabalhista, com uma norma para cada categoria. O ministro acredita que isso irá possibilitar a geração de renda e emprego, reduzir gastos e melhorar a qualidade do produto. A última proposta é dividir em duas a emenda constitucional que trata da unicidade sindical e de poder normativo da Justiça do Trabalho.

09/02/1999

Agência Senado


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