Paim manifesta confiança na aprovação da "PEC paralela"



Aos que disseram que a PEC nº 77, a proposta de emenda à Constituição que ameniza os efeitos da reforma da Previdência sobre os atuais servidores públicos, -era uma farsa, uma brincadeira, que não era para valer, vão ter que me engolir-, disse o senador Paulo Paim (PT-RS), parafraseando o treinador de futebol Mário Jorge Lobo Zagallo, ao expressar sua confiança na aprovação da chamada PEC paralela. O senador pelo Rio Grande do Sul garantiu que passará o Natal nas dependências do Congresso se o Senado não aprovar a PEC até lá. Ele também anunciou que, se necessário, montará acampamento na Câmara dos Deputados para insistir que aquela Casa também aprove a matéria. Mesmo declarando que poderá chegar a tomar estas medidas extremas, Paim manifestou sua confiança de que não será necessário assumir tais atitudes. Com a PEC nº 77, destacou Paim, o governo atendeu aos quatro pontos que ele colocou na pauta de negociações para votar a favor da proposta que acolheu o texto da reforma da Previdência aprovado pela Câmara: a modificação no subteto para os estados e municípios, a integralidade, a paridade de vencimentos entre ativos e inativos e a regra de transição para os atuais servidores. A PEC paralela, acrescentou, também atenua a contribuição previdenciária dos inativos portadores de doenças contínuas. Informando que na manhã desta terça-feira (9) foi procurado por um jornalista que disse ter tomado conhecimento que Paim teria votado a favor da proposta inicial do governo em troca de indicações para cargos no governo federal, o senador gaúcho negou veementemente a informação. Ele esclareceu que se posicionou de forma favorável à proposta por ter recebido a garantia do presidente da República, de vários ministros e dos presidentes da Câmara e do Senado de que a PEC paralela seria aprovada. - Não tenho um cargo sequer no governo. Nem a nível municipal, estadual ou muito menos federal. Não tenho, não aceito e não quero. Os que falaram isto são os que escreveram suas vidas em cima de nomeações de pessoas. Trocar votos por cargos fica para os picaretas, para os que trilham, na vida pública, a linha da mentira e da desonestidade - afirmou Paulo Paim.

Em aparte, o senador Magno Malta (PL-ES) solidarizou-se com Paim e ofereceu-se para passar também o Natal no prédio do Congresso se a PEC paralela não for aprovada pelo Senado até lá. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) também disse acreditar na aprovação da proposta. Ele revelou que o próprio ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, garantiu que o governo trabalhará para que a matéria seja aprovada. Já o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) opinou que os funcionários públicos jamais esquecerão o esforço de Paim para a aprovação da PEC paralela.



09/12/2003

Agência Senado


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