Economia brasileira crescerá acima de 5,5% em 2010, prevê Ipea



A economia do Brasil deve crescer de 5,5% a 6,5% neste ano, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (15), em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O instituto projeta também que a inflação do ano ficará próxima do centro da meta, em 4,5%. A meta foi fixada pelo Banco Central entre 4% a 5%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os dados fazem parte três estudos realizados pelos técnicos do instituto: Previsões Macroeconômicas para 2010; Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009 e a Carta de Conjuntura referente ao mês de março. Os números relativos ao PIB constam do Grupo de Análise e Previsões, que afirma: "Da expansão média prevista para este ano, quase a metade já estaria garantida, mesmo com o PIB ficando estagnado no nível dessazonalizado do quarto trimestre de 2009".

Os levantamentos foram realizados pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do instituto (Dimac/Ipea). De acordo com as publicações, a economia brasileira superou o período de recessão técnica causada pela crise financeira internacional e dá "fortes indícios de que caminha para um novo ciclo de expansão". Os textos ressaltam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou crescimento de 2% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2009 na série livre de influências sazonais.

A Carta de Conjuntura, publicação trimestral do instituto, apresenta como primeiro tópico de análise, o nível de atividade da economia. Pelo lado da demanda, observou-se um crescimento do consumo das famílias pelo 24º trimestre consecutivo no Brasil. Em relação ao desempenho do emprego, o cenário também é otimista. Em janeiro e fevereiro de 2010, os saldos de emprego formal atingiram os maiores níveis da série histórica para esses meses.

A avaliação da trajetória dos saldos comerciais brasileiros aponta que a tendência recente de queda é fruto, principalmente, do "dinamismo relativamente baixo das vendas externas de produtos manufaturados aliado à crescente penetração, nos mercados domésticos, das compras externas de bens duráveis e de insumos industriais". A publicação traz, também, análises sobre economia monetária e financeira (política monetária e taxa de juros, mercado de capitais, mercado de crédito) e finanças públicas.

A Avaliação das Previsões Macroeconômicas de 2009 revela os números definitivos da economia brasileira em 2009 e os compara com as previsões produzidas pelo Ipea ao longo do ano passado. Na publicação Previsões Macroeconômicas para 2010 são feitas estimativas de desempenho da economia brasileira referentes a três variáveis: crescimento econômico (variação real do PIB); inflação (variação real do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA); e saldo em transações correntes.

O instituto usualmente divulga as previsões macroeconômicas no primeiro quadrimestre do ano, e todas elas são feitas no formato de faixa de resultados. Ou seja, não é apresentado um número apenas, mas um intervalo. Novas previsões podem ser realizadas ao longo do ano, caso a evolução do quadro macroeconômico invalide as análises feitas no primeiro quadrimestre.

Fonte:
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

 



27/07/2010 19:36


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