Economia já teme terror da depressão



No quinto dia consecutivo de queda, a Bolsa de Nova York registrou perda acumulada de 14,2%, tornando-se a pior semana desde agosto de 1932, quando os Estados Unidos enfrentavam a Grande Depressão. De acordo com a rede CNN, só os mercados americanos teriam perdido US$ 1,4 trilhão. Todas as agências internacionais de notícias fizeram referências à crise econômica dos anos 30, expressando a preocupação que ronda a economia mundial às vésperas da retaliação americana. Desde os ataques terroristas aos EUA, a queda se alastrou pelos principais mercados financeiros, gerando perda estimada em mais de US$ 1,3 trilhão. No dia seguinte ao discurso do presidente George Bush no Congresso americano, quando fez declaração de guerra ao regime Talibã no Afeganistão, adeptos do islamismo promoveram manifestações antiamericanas por toda a Ásia muçulmana do Paquistão à Malásia, que resultaram em 12 mortes. Pesquisa do Instituto Gallup, em 31 países da Europa e América Latina, mostra que a maciça maioria dos entrevistados prefere evitar a guerra. (pág. 1, 3 a 5 e 12) * No quarto dia de alta recorde seguida, o dólar fechou cotado a R$ 2,83 e mostrou que romper a barreira dos R$ 3 é questão de tempo. Pouco tempo. A três meses do fim do ano, outro recorde triste do Real caminha para cair: a desvalorização, de 43,23%, é ligeiramente menor que a da crise ao longo de 1999, que foi de 48,01%. (pág. 1 e 11) * Pelo visto, nada mais funciona no Senado. Nem mesmo coisas simples e garantidas, como frases ocas. Uma delas, vazia como uma sessão parlamentar de sexta-feira, foi usada pelo senador Ramez Tebet ao assumir a presidência da Casa e saiu pela culatra. "Os homens passam o seu trabalho fica", disse ele, resumindo sua carreira com uma platitude aparentemente incontroversa. (pág. 2 e 14) * O senador José de Alencar (PMDB-MG) é o nome preferido do presidente Fernando Henrique Cardoso para ocupar a vaga deixada pelo presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), no Ministério da Integração Nacional. Dentro do Palácio do Planalto as opiniões se dividem quanto ao nome de Alencar, mas é escasso o leque de opções que o PMDB pode oferecer ao Presidente. "A bancada no Senado não tem uma dupla de vôlei de praia para escolher", desdenha um interlocutor de Fernando Henrique. (...) (pág. 14) * É bem provável que nas eleições do próximo ano os deputados federais e estaduais interessados em renovar seus mandatos não sejam mais "candidatos natos", e tenham de disputar a indicação, nas convenções partidárias a serem realizadas entre 10 e 30 de junho, em pé de igualdade com outros filiados, às vagas existentes em suas legendas. (...) (pág. 15) * (Rio) - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e ex-genro do presidente Fernando Henrique Cardoso, David Zylbersztajn, negou que tenha sido o pivô da antecipação da reforma no segundo escalão, promovida pelo Presidente. "Estou me sentido superimportante, porque li que saiu um decreto do Presidente por minha causa. Mas só posso dizer duas coisas: não vou ser candidato a nada, nem sairei (da ANP) antes de 5 de outubro", comentou. (...) (pág. 15) * O preço dos combustíveis deve aumenta cerca de 5% a partir do dia 6 de outubro. Esse é o índice de reajuste calculado por técnicos do Governo até agora, que só será fechado efetivamente no dia 30 de setembro. Tudo indica, porém, que não deverá haver variação significativa em relação a esse percentual. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Claudio Considera, não quis adiantar o índice de reajuste, mas disse que será inferior ao aplicado no último aumento praticado em julho. (...) (pág. 16) Editorial "Paz e guerra" Indiscutivelmente o núcleo do discurso do presidente George Bush perante o Congresso americano é a frase: "Usaremos todos os recursos ao nosso alcance, todo diálogo diplomático, toda ferramenta de inteligência, todo instrumento da Justiça, toda influência financeira e toda arma de guerra necessária, para derrotar o terrorismo global". Nela são contemplados todos os ângulos da questão que não é tão simplista como pareceria à primeira vista, isto é, que bastaria lançar o poderio bélico americano e dos aliados contra o Afeganistão pelo pecado de abrigar o principal grupo terrorista em atividade hoje em dia. (...) (pág. 8) Colunistas Coisas da Política - Dora Kramer A eleição do senador Ramez Tebet para a presidência não põe um ponto final na crise do Senado, mas encerra uma lição que, sem bem observada, serve também ao cenário até agora posto para a sucessão presidencial: não há na política brasileira gente com liderança suficiente, capacitação profissional e biografia blindada o bastante para assumir posições de destaque a bordo de um razoável consenso entre aliados. Se na questão do Senado isso se evidenciou pela carência, no que diz respeito à presidência da República existe uma situação semelhante, mas com sinais trocados: há excesso de proponentes. O que dá no mesmo, porque se todos valem igual, ninguém tem um valor tão especial que justifique receber o apoio natural de seus pares. (...) (pág. 2) Informe JB - Ricardo Boechat Foi produtiva a batida da Receita Federal, ontem, no Porto de Vitória. Seus agentes apreenderam, de uma só tacada, nada menos que 33 automóveis estrangeiros. A frota, apesar do tamanho e valor - quase R$ 3 milhões -, estava sendo importada por uma empresa fantasma. (pág. 6) Topo da página

09/22/2001


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