Eliminar terror é utopia, dizem EUA

Eliminar terror é utopia, dizem EUA Quase três semanas após a promessa do presidente George W. Bush de eliminar o terror no mundo, os EUA reconhecem que isso pode ser impossível, relata Marcio Aith. Steven Monblatt, subsecretário de antiterrorismo, diz que os EUA não conseguirão fazer "tudo" e que o "objetivo concreto" é prender Osama bin Laden e eliminar seu grupo. Passado o impacto inicial dos atentados, o Departamento de Estado afirma que a promessa do presidente americano foi mais uma "meta", não uma "ordem imediata". A maior dificuldade, diz o especialista britânico Michael Codner, é que o terror não pode ser derrotado militarmente. É preciso atacar causas culturais, sociais e econômicas. (...) (pág. A21 a A28) * Os atentados terroristas nos EUA desencadearam a maior intervenção estatal na economia desde o final dos anos 70, quando houve pacotes para a Chrysler e para Nova York. As iniciativas aprovadas até agora somam US$ 55 bilhões. São US$ 15 bilhões para as companhias aéreas e US$ 40 bilhões para outros setores atingidos - a metade vai para Nova York. Outros US$ 60 bilhões podem ser aprovados. Defensores do livre mercado nos EUA temem que empresas ineficientes se aproveitem do momento para empurrar seus custos para o Estado. (pág. 1 e B3) * As autoridades de Jersey, no Canal da Mancha, confirmaram oficialmente ao Ministério Público de São Paulo que há depósitos no paraíso fiscal em nome do ex-prefeito paulista Paulo Maluf (PPB) e de seis parentes dele, afirma o promotor Marcelo Mendroni em entrevista a Roberto Cosso. Em agosto, a Suíça confirmou em documento que Maluf manteve uma conta no Citibank do país de 1985 a 1997. O ex-prefeito voltou a negar, por meio de sua assessoria, a existência das contas. (pág. 1 e A4) * O Ministério Público Federal não conseguiu, até agora, nenhuma prova contra o ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas. Ele é investigado pelos procuradores sob a suspeita de tráfico de influência e de desvio de verbas. Levantamento nos últimos dois meses aponta que não há nenhuma acusação formal de crime contra o ex-assessor de Fernando Henrique Cardoso. Para o procurador Luiz Francisco de Sousa, quebrar o sigilo de EJ é fundamental para aprofundar as apurações. (pág. 1 e A16) * O Ministério da Justiça vai lançar uma campanha na TV para combater a tortura, informa Fernanda da Escóssia. No comercial, aparece uma pessoa sendo espancada e tendo a cabeça mergulhada num tanque. O agressor usa coturnos e exige informações. Será divulgado o número de telefone para fazer denúncia anônima de tortura. (pág. 1 e C4) Editorial "O Brasil preocupa" Foram eficazes as medidas adotadas pelo Governo, na semana passada, para conter mais uma onda de desvalorização do real. Avaliando a ofensiva oficial contra a especulação, vários analistas do mercado sublinham que se trata de sucesso. Mas ninguém se arrisca a garantir que o horizonte tenha desanuviado. Não é apenas a situação internacional que turva o cenário. A própria natureza da atuação oficial preocupa. As várias medidas situam-se num campo definido como o da "microeconomia dos ativos financeiros", governado pelas decisões de composição das carteiras de investimento e pela administração da contabilidade em empresas e bancos. (...) (pág. A4) Colunistas Painel Com o caso Jader praticamente resolvido, o PMDB trabalhará agora para afastar definitivamente Itamar Franco da sucessão. A cúpula da sigla pretende exigir que os pré-candidatos se comprometam com o plano de governo do PMDB. Que difere, e muito, do que prega o mineiro. * O programa de governo do PMDB defenderá a manutenção da maioria dos pontos do Plano Real, com ênfase na geração de emprego. As pessoas consultadas para a elaboração do texto são ligadas ao tucanato, como Mendonça de Barros. (pág. A2) Topo da página

09/30/2001

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