Eduardo Azeredo aponta carência da saúde e apresenta sugestões para o problema
O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmou da tribuna do Plenário, nesta quarta-feira (18), que apesar do avanço que significou a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), este setor continua carente. Azeredo elogiou o SUS, que consegue cobrir toda a população brasileira, mas observou que o sistema não pode atender os doentes "a tempo e a hora" devido "às intermináveis filas". O parlamentar frisou que o governo precisa investir mais recursos no setor.
- Não adianta dizer que não tem dinheiro para investir na saúde porque a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira] foi revogada. O governo tem recursos - garantiu Azeredo, ao lembrar que o Brasil até pagou adiantando a dívida que tinha com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e, hoje, empresta dinheiro para o órgão.
Como forma de melhorar a área de saúde, o senador defendeu a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que fixa percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, pelos Estados e pelos municípios. O senador também propôs a implantação do chamado consórcio intermunicipal de saúde, pelo qual vários municípios se unem para garantir médicos especialistas e equipamentos para toda a região, otimizando o serviço de saúde.
- Assim, através dessa solidariedade dos municípios, nós fazemos uma multiplicação do dinheiro da saúde - explicou o parlamentar.
Outra sugestão, disse Azeredo, é melhorar o atendimento do programa Saúde da Família, pelo qual médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde ficam responsáveis pelo atendimento das famílias, com o objetivo de descentralizar o atendimento nos hospitais.
18/11/2009
Agência Senado
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