Eduardo Azeredo defende posição mais firme do governo brasileiro na questão com o Equador



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) defendeu, em entrevista por telefone à Agência Senado concedida nesta sexta-feira (10), uma atitude mais firme do governo brasileiro em relação à decisão do presidente do Equador, Rafael Correa, de proibir a construtora Norberto Odebrecht de operar naquele país e de impedir a saída de dois de seus executivos, que estão abrigados na embaixada brasileira. Há ameaças agora de expulsão também da Petrobras. Para o senador, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deveria assumir pessoalmente o assunto, pois do contrário a situação poderá piorar.

Na avaliação de Eduardo Azeredo, que é vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), a decisão de Lula de suspender a viagem do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a Quito, na próxima quarta-feira (15), para tratar do apoio financeiro do Brasil à construção de rodovias em conjunto com o Equador é uma "primeira atitude", mas insuficiente.

- A situação piorou e nos preocupa muito. É situação entre empresas, mas que tem brasileiros envolvidos. Agora há a questão com a Petrobras. É dinheiro brasileiro. Lula precisa assumir pessoalmente o assunto. Não pode tratar [o presidente do Equador] Rafael Correa como um menino travesso. Nós não podemos fazer posição de bonzinho quando governos estão tratando o Brasil de forma desrespeitosa, desrespeitando contratos. São governos do estilo antigo, da demagogia, do populismo, que estão prejudicando cidadãos brasileiros. O governo precisa ter posição firme - argumentou o senador.

O Brasil, em sua opinião, deve focar em investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em países democráticos da América do Sul, como Chile, Uruguai e Colômbia, e evitar acordos com países marcados pela "demagogia".

Eduardo Azeredo disse que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) está acompanhando o assunto com preocupação e que, se for necessário, poderá convidar novamente o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para discutir a situação do Brasil em relação aos países da América do Sul.



10/10/2008

Agência Senado


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