Patrocínio defende posição firme do Brasil contra o Canadá



O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) disse que a atitude correta do Brasil é reagir com firmeza contra o boicote à carne brasileira imposto pelo Canadá, e que a sociedade brasileira não está inerte ao que considera "um verdadeiro insulto" ao trabalho qualificado do Ministério da Agricultura, dos governos estaduais e dos produtores rurais brasileiros. Patrocínio comparou o "surto nacionalista" que tomou conta do Brasil à reação contra a mudança de nome da Petrobras para Petrobrax.

Patrocínio acha que é hora de fortalecer o Mercosul, que, segundo ele, é o meio mais racional de preparar o Brasil para a inevitável globalização de mercados. "Globalização é o nome moderno de colonização, uma coisa inevitável, mas não podemos permitir que os Estados Unidos nos imponham a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) de forma antecipada", disse.

Mesmo com o acirramento dos ânimos nacionalistas, Carlos Patrocínio acha que tudo se vai resolver de maneira diplomática, pela via da negociação, com a chegada da missão técnica do Canadá nesta quarta-feira (dia 14) ao Brasil. Em apartes, os senadores Francelino Pereira (PFL-MG) e Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) elogiaram o discurso de Patrocínio e disseram que a crise exige firmeza do governo e da diplomacia brasileiros. Eduardo acredita que o Brasil vai sair fortalecido da disputa.

Ao encerrar o discurso, Carlos Patrocínio elogiou o presidente do Senado, disse que conviveu quatro anos com ele na condição de 2º secretário da Mesa e lamentou que Antonio Carlos Magalhães não possa eleger-se para mais um mandato.

12/02/2001

Agência Senado


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