Eduardo Azeredo questiona aproximação do governo brasileiro com o Irã



Presidente a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) questionou a aproximação do governo brasileiro com o regime iraniano, na véspera da viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará àquele país. O parlamentar afirmou que o Brasil tem "uma longa tradição de relações com todos os países, mas não pode se afastar de uma linha de coerência, de respeito aos direitos humanos, de respeito à democracia".

O senador afirmou que o regime iraniano perdeu a credibilidade com as declarações de seu presidente, Mahmmud Ahmedinejad, contra Israel. Para o parlamentar, a aproximação do Brasil com o Irã "é uma aposta alta, que traz riscos enormes".

- Vale a pena prosseguir neste jogo? - questionou Eduardo Azeredo.

O senador afirmou que o Brasil é o único país que permite a inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica em unidades militares de pesquisa. Ressaltou ainda que o país tem em sua Constituição um dispositivo que veda a pesquisa de artefatos atômicos militares.

Não obstante, surgem na mídia internacional especulações sobre as pretensões atômicas brasileiras, depois que o país apoiou a manutenção do programa de pesquisa em energia atômica do Irã, contrariando a maior parte dos países democráticos. Eduardo Azeredo citou o artigo publicado na semana passada pela revista alemã Der Spiegel por Hans Rühle, ex-diretor de planejamento do Ministério da Defesa alemão entre 1982 e 1988, no qual este diz que o Brasil está construindo uma bomba atômica.

11/05/2010

Agência Senado


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