Eduardo Lopes defende abertura da aviação comercial a empresas estrangeiras



Em pronunciamento nesta quarta-feira (4), o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) criticou os abusos e desrespeitos praticados pelas companhias aéreas contra os passageiros, e defendeu a abertura da aviação comercial a empresas estrangeiras interessadas em operar no Brasil.

Eduardo Lopes disse que o abuso das companhias aéreas caracteriza-se pela exagerada variação de preços das passagens para um mesmo trecho; as altas taxas de remarcação dos bilhetes; o desconfortas nos assentos das aeronaves; a redução de voos a localidades situadas em regiões distantes; e os costumeiros extravios e violações e de bagagem, entre outros.

- O que a população quer são tarifas justas, mais equilibradas, serviços de qualidade, boa infraestrutura aeroportuária e disponibilidade de vôos para todo o país – afirmou.

Eduardo Lopes disse que é comuma exagerada variação no preço da passagem, e que, dependendo do dia da semana, os valores são muito diferentes, sobretudo se o bilhete é adquirido perto da data da viagem.

- É só haver feriado que o preço das passagens aéreas sobe às alturas. Seria normal se as variações ocorressem com base na lei da oferta e da procura, em razão do aumento do fluxo de passageiros – disse.

"A absurda variação de preços" no Brasil, disse Eduardo Lopes, é fruto de estratégia mercadológica oportunista que visa a tirar o máximo proveito dos clientes. Tal prática, segundo ele, resulta dos planos ambiciosos, fundamentados na tese do aproveitamento das circunstancias, que no popular se traduz em “ganância e caso de polícia”.

Eduardo Lopes frisou que os abusos que incomodam os passageiros ocorrem com frequentemente, apesar de a atividade estar submetida a um dos códigos de consumidor mais avançados do mundo, e mesmo estando sujeita à fiscalização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

- Nossas companhias dão a impressão de fazer o que bem entendem, e da maneira que melhor lhes apraz. O problema é a falta de concorrência. A aviação civil no país parece assumir características oligopolistas – afirmou.

Afora um punhado de minúsculas companhias de atuação regional, Eduardo Lopes observou que há apenas cinco companhias aéreas maiores para explorar todo o território nacional. Isso talvez explique o fato de uma passagem entre o Rio de Janeiro e Natal custar mais do que a ligação entre o Rio de Janeiro e Nova York, Londres ou Berlim, afirmou.

- Dependendo da semana, o trecho Rio-Brasília, um dos mais curtos do país, pode custar até R$ 2.500. E nos outros dias R$ 200. Não há explicação razoável para tal disparidade. Quando entram em crise financeira, as empresas aéreas recorrem ao governo em busca de ajuda. Mas o que oferecem em serviços à população? Corte de passageiros, demissão de funcionários e ainda aumentam o custo das passagens, deixando a população desassistida e sem ter a quem recorrer – protestou.

Em aparte, a senadora Ana Rita (PT-ES) disse que já deixou de viajar, ao ter que remarcar para R$ 2.000 uma passagem que inicialmente custou R$ 700. A senadora disse que não existe parâmetro para definição do valor das passagens, e que os horários também deixam os passageiros restritos a determinadas empresas, o que acarreta dificuldades na locomoção.



04/09/2013

Agência Senado


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