Eduardo: Senado deve estar atento aos interesses do país nos acordos internacionais



O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) propôs nesta quinta-feira (25) que o Senado faça uma ampla reflexão sobre os interesses nacionais, ou a falta deles, nos recentes e futuros acordos comerciais firmados pelo governo brasileiro. Ele destacou a posição estratégica do Brasil no combate à fome em âmbito mundial, graças ao imenso potencial de produção agrícola.

- Qual é vantagem de sermos grandes exportadores de soja, minério e madeira? Não aceito que o Brasil seja apenas um grande exportador de matéria-prima. Sou defensor de uma maior integração com países como a China e a Rússia e também com o continente africano, mas com uma visão que leve em conta os interesses nacionais. Todos defendem os seus interesses. E o Brasil? - questionou.

Eduardo Siqueira Campos defendeu o incentivo à agroindústria como forma de agregar valor aos produtos brasileiros e como instrumento de criação de empregos.

O senador sugeriu que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realize audiência pública com autoridades do governo e o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, para discutir medidas como o reconhecimento da China como economia de mercado e suas conseqüências para o Brasil.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) informou que, pela manhã, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) haviam aprovado requerimento do senador Marcelo Crivella (PL-RJ) convidando o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e os presidentes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos) Abrinq e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para falar sobre o mesmo tema em audiência pública. Suplicy disse que a data provável será 16 de dezembro. Ele também informou que na próxima quinta-feira (2) o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, comparecerá na CRE para explicar os acordos comerciais no âmbito do Mercosul e da Comunidade Européia, bem como a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, comandada pelo Brasil.



25/11/2004

Agência Senado


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