Eduardo Suplicy destaca relevância da produção nacional de café
Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) saudou os representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que haviam participado de audiência pública em comissão do Senado pela manhã. Os representantes da Embrapa, informou Suplicy, falaram aos senadores sobre as pesquisas da estatal e sua relevância para o desenvolvimento do país.
Suplicy disse que os estudos da Embrapa vêm consolidando o Brasil na posição de grande produtor mundial de café, e suas pesquisas têm contribuído para o aprimoramento da qualidade e da produtividade da cafeicultura nacional.
O senador ressaltou que o Brasil é o maior exportador de café e ocupa a segunda posição entre os países consumidores da bebida, respondendo por um terço da produção mundial, o que o coloca como o maior produtor mundial, posição que detém há mais de 150 anos. Além disso, informou, o Brasil deve chegar ao primeiro posto de nação consumidora de café nos próximos anos, superando os Estados Unidos. Citando dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Suplicy disse que o consumo per capita de café no Brasil, que foi sw 4,9 quilos por habitante em 2001, chegou a 6,4 quilos em 2012.
A cafeicultura brasileira, disse Suplicy, é uma das mais exigentes do mundo em relação a questão social e ambiental, com a preocupação de garantir um café sustentável. A atividade é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais, e ao longo dos anos tem aumentado a exigência dos responsáveis pelas propriedades, afirmou.
Suplicy salientou que a cafeicultura brasileira pune qualquer tipo de trabalho escravo ou infantil nas lavouras, e que as leis brasileiras são as mais rigorosas entre os países produtores de café. Os produtores brasileiros preservam a fauna e a flora nativas, controlam a erosão e preservam as fontes de água, o que assegura a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo, ressaltou.
O café também é fonte imprescindível de receitas de centenas de municípios, sobretudo na geração de postos de trabalho na agropecuária, lembrou Suplicy. O parque cafeeiro nacional, informou o senador, é de 2,1 milhões de hectares, sendo que cada hectare cria em média dois empregos diretos e dois indiretos, totalizando mais de oito milhões de empregos na cadeia produtiva.
Atualmente, disse Suplicy, o maior produtor nacional de café é Minas Gerais, com 26 milhões de sacas, seguido pelo Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. O senador também registrou o cultivo de café no Rio de Janeiro, Goiás, que é campeão em produtividade, Mato Grosso e Pará.
A sequência de vitorias no cultivo de café, disse Suplicy, é resultado de uma ação coordenada com base em quase 300 mil produtores de café, trabalhando em sintonia com pesquisadores, técnicos e extensionistas rurais em todas as regiões do país.
Suplicy citou ainda o Consórcio Pesquisa Café, que reúne 50 instituições de pesquisa e existe há 15 anos, durante os quais criou mil projetos geradores de conhecimento básico sobre o cultivo. Os estudos são relevantes para a agropecuária brasileira, com o melhoramento de plantas e a adaptação de cultivos avançados.
08/11/2012
Agência Senado
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