Efraim diz que seu nome não é citado em inquérito sobre contratos de terceirização do Senado



Após participar de reunião da bancada do DEM, nesta terça-feira (26), o 1º secretário do Senado, Efraim Morais, afirmou, em entrevista à imprensa, que seu nome não é citado em inquérito da Polícia Federal que apura supostas irregularidades em contratos do Senado com empresas terceirizadas. Ele disse também não serem verdadeiras as notícias divulgadas pela imprensa segundo as quais seu nome seria citado nesse processo. De acordo com Efraim, a bancada do DEM saiu da reunião convencida de que não há nada que envolva o seu nome.

- O que eu posso adiantar e repito com todas as letras: no processo que envolve Ministério Público, Justiça Federal, a Polícia Federal, o nome do senador Efraim Morais não é citado, conseqüentemente não tem nenhum inquérito. Não fui ouvido pela Polícia, não fui convocado e, pelo contrário, [tenho a] consciência tranqüila e a certeza de que, ao ter o apoio de toda a minha bancada, terei o apoio dos demais companheiros da Casa - afirmou Efraim.

O senador disse ainda que, se seu nome for citado em qualquer inquérito, pedirá o afastamento do cargo que ocupa na Comissão Diretora do Senado.

O 1º secretário acrescentou que vai esperar o relatório do corregedor do Senado, Romeu Tuma, para um pronunciamento definitivo sobre a questão. Tuma foi designado pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, para elaborar relatório sobre o que foi apurado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal a respeito do caso.

Efraim afirmou ainda esperar que o corregedor do Senado convoque Eduardo Bonifácio Ferreira para que ele possa prestar os esclarecimentos necessários sobre as denúncias de suposta participação em negociações com donos de empresas terceirizadas que têm contratos com o Senado. Indagado sobre sua relação com Bonifácio, Efraim afirmou que somente responderá após o corregedor apresentar seu relatório.

Justificativas

Para o líder do DEM, senador José Agripino (RN), as justificativas apresentadas na reunião desta terça-feira por Efraim Morais são aceitáveis. Mas, mesmo assim, disse ele, a bancada deve aguardar o relatório de Tuma para pronunciar-se sobre as denúncias. Ele explicou que foi o próprio Efraim quem solicitou a reunião para apresentar suas justificativas e pedir que, em nome do partido, a bancada solicite ao corregedor urgência na apresentação do relatório.

- A bancada vai fazer o que é preciso fazer: aguardar o relatório do corregedor. Claro que [a bancada] confia no seu companheiro, mas vamos aguardar o relatório que, esperamos, seja feito o mais breve possível. Acho que o relatório falará por si só. Ele [Efraim] nega o envolvimento em qualquer licitação fraudada e fala sobre a sua inocência em relação a todas as acusações - explicou Agripino.



26/08/2008

Agência Senado


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