Efraim pede que Magno Malta responda às acusações da líder do PT



O líder da minoria no Senado, Efraim Morais (PFL-PB), pediu em discurso que o senador Magno Malta (PL-ES) responda em Plenário às acusações da líder do PT no Senado, senadora Ideli Salvatti (SC), de que ele teria agido "de maneira pouco ética" durante as negociações sobre a formação da CPI destinada a investigar os bingos no país. A afirmação da senadora foi publicada em jornais do último sábado (6).

Efraim Morais leu trechos de notícias dos jornais com a frase da senadora, na qual ela teria dito: "Ao longo da última quarta-feira, a única pergunta que me faziam era o que o Magno Malta havia pedido em troca" (da não apresentação do requerimento da CPI dos bingos). Outra frase: "O senador procedeu de maneira pouco ética quando telefonou para o ministro José Dirceu e, sem avisá-lo, colocou a ligação no viva-voz, com sala repleta de jornalistas".

- Agora, só tem um caminho para o senador Magno Malta: vir aqui, no Plenário, e mostrar que o que estão levando contra ele na imprensa é mentira. E a forma mais legal para que isso aconteça é ele assinar o requerimento da CPI do Waldomiro - desafiou Efraim Morais. Para o líder da minoria, Magno Malta "precisa fazer isso para que o PT não faça com ele o que fez com o senador Almeida Lima, tentando diminuí-lo".

Efraim Morais ironizou os argumentos do governo, contrário à CPI, observando que mais de 80% dos eleitores pesquisados pelo instituto de pesquisa Datafolha querem a CPI do caso Waldomiro Diniz.

- Quero ver o ministro José Dirceu passar no teste das ruas. Quero ver ele andar pelas ruas de São Paulo. Dentro de quatro paredes, no Palácio, ele fica rodeado de bajuladores e fica bem - continuou o líder da minoria.

O senador informou ainda que vai enviar comunicado aos presidentes do Senado e da Câmara, para que apurem a declaração e o conteúdo de uma afirmação do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), segundo o qual o senador Magno Malta teria ligação com o ex-deputado estadual José Carlos Gratz, este preso "por suas relações com o narcotráfico" do Espírito Santo.



08/03/2004

Agência Senado


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