Eleições alteram tamanho das bancadas no Senado Federal



Os resultados que saíram das urnas, anunciados na madrugada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alteram a representação partidária no Senado Federal. Se não houver nenhuma mudança em virtude do segundo turno das eleições nos estados e se nenhum eleito resolver trocar de sigla, o que é garantido pela legislação eleitoral em vigor, o PFL passaria a ser a maior bancada na Casa, saindo de 16 para 18 parlamentares na próxima Legislatura. O PMDB, por sua vez, recuaria de uma bancada de 22 para 17 senadores a partir de fevereiro de 2007 (Gerson Camata, do Espírito Santo, e José Maranhão, da Paraíba, estão licenciados no momento).

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Dos chamados grandes partidos, o PT desceria de 12 para 11 e o PSDB desceria de 15 para 14 senadores. Cresceriam, além do PFL, o PCdoB (de um para dois senadores), o PDT, de quatro para cinco, e o PSB, de dois para três. Manteriam os mesmos números o PTB (quatro senadores), o PL (três) e o PRB (um). O PSOL, partido da senadora Heloísa Helena, ficaria sem representação, enquanto assumiria uma vaga na Casa, cada um, o PPS (elegeu Expedito Júnior, em Rondônia), o PP (com Francisco Dornelles, pelo Rio de Janeiro) e o PRTB (com Fernando Collor de Mello, em Alagoas).

A realização do segundo turno, entretanto, pode provocar novas modificações na composição condicionada pelas eleições de domingo. No PFL, disputa o governo do estado a senadora Roseana Sarney (Maranhão); entram na corrida do segundo turno pelo PMDB os senadores Garibaldi Alves Filho (Rio Grande do Norte), José Maranhão (Paraíba) e Sérgio Cabral (Rio de Janeiro); já o PT apresenta a senadora Ana Júlia para concorrer no estado do Pará e o PDT disputa com Osmar Dias o governo do Paraná. Leonel Pavan (PSDB), por sua vez, concorre como vice-governador na chapa de Luiz Henrique (PMDB), que disputará com o ex-governador Esperidião Amin (PP).

Outro fator que pode levar a composições partidárias diferentes daquelas geradas pelas urnas diz respeito à troca de partido. Como ainda não há nenhuma lei em vigor dispondo sobre fidelidade partidária, os senadores podem optar por outras siglas. Dois senadores - Teotônio Vilela (PSDB), eleito governador de Alagoas, e Paulo Octávio (PFL), eleito vice-governador no Distrito Federal - abrirão mão do mandato para os seus respectivos suplentes.



02/10/2006

Agência Senado


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