Embaixador brasileiro em Caracas fortalece defesa de ingresso da Venezuela no Mercosul
O movimento em favor da adesão da Venezuela ao Mercosul conquistou nos últimos dias mais um aliado: o embaixador do Brasil em Caracas, Antonio José Ferreira Simões. Ele tem visitado durante a semana diversos gabinetes de senadores para demonstrar a importância principalmente econômica, para o Brasil, do ingresso do novo sócio no bloco econômico também composto por Argentina, Paraguai e Uruguai.
Simões conversou inicialmente com o presidente do Senado, José Sarney. Falou depois, por telefone, com o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Em seguida, passou a visitar os demais senadores que integram a comissão, que decidiu, nesta quinta-feira (26), promover uma audiência pública para debater o tema.
A cada um dos parlamentares, ele repetiu os eloqüentes números do comércio bilateral. Nos últimos 10 anos, informou o embaixador aos senadores, as trocas entre os dois países subiram 850%, alcançando o total anual de US$ 6 bilhões. Desse total, ressaltou, aproximadamente US$ 5,3 bilhões são de exportações brasileiras, e somente US$ 0,7 bilhão referem-se às importações - formando o maior superávit da balança comercial brasileira.
- O Mercosul está precisando de um novo impulso, e este impulso pode ser a entrada da Venezuela - disse Simões à Agência Senado.
A Venezuela, prosseguiu o embaixador, já se tornou o primeiro mercado mundial do Brasil para leite em pó, e o segundo mercado para a carne brasileira.
Simões disse ter sido "muito bem recebido" pelos senadores, mas ressaltou que a decisão final sobre o tema será do Legislativo. O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul ainda necessita do aval dos Congressos Nacionais do Brasil e do Paraguai. No caso brasileiro, o protocolo já foi aprovado pela Câmara, mas ainda precisa ser votado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e pelo Plenário do Senado.
26/03/2009
Agência Senado
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