Embaixador pretende atrair investimentos do Kwait
A atração de investimentos para o Brasil e o estímulo à participação de empresas nacionais na exploração de petróleo no Kwait estão entre as prioridades anunciadas pelo embaixador nomeado para aquele país, ministro de segunda classe Roberto Abdalla. A mensagem presidencial contendo a sua indicação recebeu nesta quinta-feira (18) parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Segundo Abdalla, o Kwait transformou-se nos últimos anos em um grande investidor internacional, com a renda adquirida pela venda de petróleo. Estima-se que os investimentos kwaitianos alcancem US$ 34 bilhões em todo o mundo. Poucos desses investimentos, porém, chegaram ao Brasil. Uma das metas do embaixador - cuja indicação teve como relator ad hoc o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) - é a de incluir projetos brasileiros entre os beneficiados com recursos da agência estatal kuaitiana de financiamento a projetos de desenvolvimento.
Abdalla informou que o governo do Kwuait analisa atualmente a possibilidadede abrir a empresas estrangeiras a exploração de novas jazidas de petróleo ao Norte do país. Esta pode ser, na sua opinião, uma oportunidade a ser explorada por companhias brasileiras.
De acordo com números apresentados pelo embaixador, o Kwait possui a quinta maior reserva mundial de petróleo - ou 8% das reservas conhecidas em todo o mundo. A exploração desses recursos levou o país a contar com uma renda per capita de aproximadamente US$ 41 mil. O comércio bilateral tem crescido: passou de US$ 86 milhões em 2002 a US$ 650 milhões em 2008. Mas o Brasil tem acumulado déficits comerciais com aquele país, segundo ressaltou o relator em seu parecer.
No âmbito político, o embaixador classificou o Kwait como "um dos países mais liberais do Golfo Pérsico". A partir de 2005, como observou, as mulheres adquiriram o direito de votar e de serem votadas. E quatro mulheres já foram eleitas para o Parlamento, que vem tendo crescentes conflitos com o Poder Executivo, em busca de maior autonomia, segundo Abdalla, que deverá exercer cumulativamente o cargo de embaixador brasileiro junto ao Reino do Bareine.
18/06/2009
Agência Senado
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