Senado aprova embaixador para o Kwait



O Senado aprovou nesta terça-feira (30), com 50 votos favoráveis e 9 contrários, a indicação do embaixador Roberto Abdalla para ocupar o cargo de embaixador do Brasil no Kwait, emirado do Oriente Médio que faz fronteira com o Iraque, o Irã e a Arábia Saudita. O Kwait detém a quinta maior reserva mundial de petróleo e gás natural. Abdalla exercerá o cargo cumulativamente com o cargo de embaixador junto ao Reino do Bareine.

Com a economia restrita a poucos setores, como a petroquímica, pesca e transporte marítimo, o governo autorizou em maio de 1999 uma série de medidas para estimular investimentos estrangeiros e a flexibilidade no setor comercial.

As principais medidas adotadas foram a redução das taxas cobradas em empresas do exterior, o estreitamento de relações bilaterais com outros países, a permissão de estrangeiros terem ações em empresas kuwaitianas e de operaram na bolsa de valores do país, a atualização da lei de companhia comercial e a privatização das Linhas Aéreas do Kwait ou Jazeera Airways e Kuwait Airways.

Na sabatina feita pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), Abdalla salientou que o Kwait transformou-se nos últimos anos em um grande investidor internacional com a renda proporcionada pelo petróleo. Ele disse que os investimentos kwaitianos devem alcançar US$ 34 bilhões em todo o mundo, mas pouco dessa quantia chegou ao Brasil, que tem acumulado déficits comerciais com aquele país.

Um das metas prometidas pelo embaixador é a de incluir projetos brasileiros entre os beneficiados com recursos da agência estatal kwaitiana de financiamento a projetos de desenvolvimento. Abdalla informou que o governo do Kwait analisa a possibilidade de abrir a empresas estrangeiras a exploração de novas jazidas de petróleo ao norte do país.

Politicamente, o embaixador classificou o Kwait como um dos países mais liberais do Golfo Pérsico. Ele observou que, a partir de 2005, as mulheres adquiriram o direito ao voto e de serem votadas. Abdalla disse que quatro mulheres já foram eleitas para o Parlamento, que vem tendo crescentes conflitos com o Poder Executivo em busca de maior autonomia.



30/06/2009

Agência Senado


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