Embrapa estuda relação entre produção de biocombustíveis e segurança alimentar
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) começa, nesta terça-feira (3), a atuar em parceria com a Universidade de Stanford (EUA) com o objetivo de discutir a relação entre a produção de biocombustíveis e a produção de alimentos. A ideia é encontrar um equilíbrio entre produção de energia para satisfazer as necessidades e formas de preservar fontes de sustento.
A iniciativa conta com a participação de pesquisadores das Universidades de Stanford e de Rutegers e do Instituto Internacional de Pesquisas em Políticas Alimentares (IFPRI), dos Estados Unidos, e da Academia Chinesa. Pela Embrapa, participam pesquisadores da Secretaria de Gestão Estratégica (SGE), da Secretaria de Cooperação Internacional, do Centro de Estudos Estratégicos e da Embrapa Agroenergia. Eles estão reunidos desde segunda-feira (2) para traçar planos na implementação da iniciativa no Brasil.
De acordo com o coordenador de Avaliação de Impactos da Secretaria de Gestão Estratégica da Embrapa, Antônio Flávio, o modelo implantado no País será uma adaptação ao projeto existente na China, porém a partir da realidade brasileira.
“O estudo vai avaliar a distribuição dos impactos [produção de biocombustíveis]. A adaptação desse modelo a partir da experiência de outros países será importante para levantar novos estudos e pensar em políticas públicas que ajudem a encontrar soluções de interesse social”, destacou.
O pesquisador disse ainda que a China, além de detentora do modelo, já possui uma análise de resultados satisfatórios. Há aproximadamente 15 anos o país investe nesse tipo de estudo.
A pesquisadora da Secretaria de Gestão Estratégica Danielle Torres, que já participou da primeira fase do treinamento na Universidade de Stanford, afirma que as parcerias serão fundamentais para avaliar os impactos e as soluções que possam abranger a produção de biocombustíveis e a segurança alimentar.
“As parcerias nessa fase inicial são fundamentais. Quanto mais informações tivermos sobre a produção agrícola brasileira, mais produtivos serão nossos encontros na Academia Chinesa. Faremos ao longo do processo simulações e apoio das unidades regionais que devem consolidar os dados da própria Embrapa”, afirmou.
Além da parceria Brasil, Estados Unidos e China, o projeto tem a participação da Índia, de Moçambique e Senegal.
Fonte:
Agência Brasil
12/08/2010 04:20
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