Emenda de Zulke ao Primeiro Emprego ganha apoio de entidades



“A sociedade tem desenvolvido uma lógica perversa para enfrentar o problema da exclusão social, aumentando o número de prisões e de policiais nas ruas, como se o aparato policial fosse a única resposta.” A crítica é do autor do livro “Os filhos do governo”, Roberto da Silva, que participou do debate “Primeiro Emprego: Um projeto de inclusão social”, promovido pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos nesta segunda-feira, dia 2 de abril. O evento, cujo objetivo foi discutir emenda proposta pelo deputado Ronaldo Zulke (PT), ampliando o programa Primeiro Emprego, reuniu o secretário de Trabalho, Tarcísio Zimermann; o juiz da Infância e da Adolescência, Leoberto Brancher; o representante da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, Alceu Terra Nascimento; o arcebisto de Porto Alegre, Dom Dadeus Grisgs; o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Evaldo Pauly; o presidente da FADERS, Humberto Lippo; o presidente da ONG empresarial Grão Social, Mauro Knijinik, e o representante da ONG Fórum de Trabalho Educativo, José Ricardo Caporal. Roberto Silva ressaltou que a única forma de inserir os egressos do sistema penitenciário na sociedade é através do trabalho, reforçando o conteúdo das alterações propostas por Zulke no Primeiro Emprego. A emenda do parlamentar prevê a inclusão de jovens em conflito com a lei, egressos do sistema penal e portadores de deficiência como beneficiários do programa do governo do Estado. “Nossa proposta visa estimular os empregadores a contratarem jovens com maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho. A emenda possibilita a contratação independente do limite de idade e dispensa o empregador de contrapartida financeira, garantindo o repasse dos recursos do Estado por 12 meses, período integral da contratação”, explica Zulke. O debate lotou o Plenarinho da Assembléia Legislativa com representantes de 110 entidades da sociedade civil que atuam na área da infância e adolescência. O apoio ao projeto do governo do Estado e à emenda apresentada pelo deputado Ronaldo Zülke foi unânime. Os representantes das nove entidades que compuseram a mesa do debate manifestaram seu apoio e expectativa quanto à aprovação, pelo Legislativo, da emenda de Zülke e das modificações propostas pelo governo, que entram em pauta de votação a partir de 11 de abril., junto com os quatro projetos de inclusão social apresentados pelo governo no início deste ano. A abertura dos trabalhos, coordenados por Zülke, contou com a presença do presidente da Assembleia, deputado Sérgio Zambiasi (PTB). O debate também foi acompanhado pelo presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Padre Roque Grazziotin (PT), pela deputada Maria do Rosário (PT), deputado Germano Bonow (PFL) e Jorge Gobbi (PSDB).

04/03/2001


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