Emília diz que problemas de hoje são os mesmos vividos pelos farroupilhas



A senadora Emília Fernandes (PT-RS) disse nesta sexta-feira (5), da tribuna do Senado, que os problemas vividos hoje pelo povo brasileiro, em sua essência, continuam os mesmos enfrentados pelos gaúchos que fizeram a Revolução Farroupilha, que durou dez anos (de 1835 a 1845) e custou a vida de 3.500 pessoas. Segundo a senadora, o mês de setembro, para os gaúchos, é sempre um mês de reflexão e de comemoração dos ideais farroupilhas, contra o centralismo e os interesses externos.

A Revolução Farroupilha, afirmou Emilia, transcendeu os interesses gaúchos, "em razão do espírito nacionalista impregnado em suas bandeiras de luta". Contrapondo-se à espoliação do governo central, o movimento gaúcho posicionou-se contra os altos tributos, a proteção aos residentes portugueses e a má aplicação dos recursos públicos.

Os revoltosos conseguiram reduzir os impostos sobre a exportação e restabelecer o imposto de importação sobre o gado, criar fábricas de arreios e artefatos de couro, construir barcos mercantes e de combate e libertar os escravos.

Passados dois séculos da Revolução Farroupilha - diz Emilia Fernandes -, o Brasil continua a lutar contra a interferência externa, "contra um modelo econômico nefasto que privatiza os lucros ao capital internacional e socializa a fome".

Segundo Emilia, a política do atual governo, que entregou os setores estratégicos e as empresas estatais lucrativas ao capital estrangeiro e utiliza-se de dinheiro do povo para sanear bancos e também entregá-los às multinacionais, segundo avaliação da senadora, é prova inequívoca de "galeguismo", do favorecimento aos "galegos", ou estrangeiros, conforme termo cunhado pelas lideranças farroupilhas.

05/10/2001

Agência Senado


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