Emilia elogia iniciativa de presidente da CE, que se reuniu com professores universitários em greve
- Quero salientar que esta Casa está empenhada em assegurar a qualidade do serviço público e do ensino superior à população e a fazer um apelo para que o ministro da Educação aceite sentar-se à mesa de negociação com os trabalhadores da educação, para discutir uma pauta que já foi protocolada há dois anos naquele ministério.
A senadora lamentou que Paulo Renato ainda não tenha recebido os representantes de uma greve que atinge 100% da categoria e deplorou o descaso com que o governo tem tratado esses servidores. Na Europa, comparou, o tratamento que os funcionários públicos têm recebido, em face das transformações introduzidas pela globalização, é bem diferente. Os países desenvolvidos, segundo a senadora, valorizam o funcionalismo, uma vez que seu trabalho é indispensável ao processo de mundialização e essencial para a reorganização estrutural e de transição social, cultural e econômica que ele implica.
O Brasil, afirmou Emilia Fernandes, parece desconhecer as recomendações internacionais, inclusive da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre essa categoria de trabalhadores:
- A subordinação de nossa política econômica às decisões e às ordens do FMI tem desdenhado a classe, a ponto de, após sete anos sem aumento, o governo se decidir por um reajuste linear de 3,5%, contra uma inflação acumulada no período de cerca de 75% - lastimou a senadora.
Para Emilia Fernandes, foi o desrespeito do governo federal com o ensino universitário que resultou na greve que atinge as principais instituições federais de ensino superior.
13/09/2001
Agência Senado
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