EMÍLIA FERNANDES COBRA MEDIDAS OBJETIVAS CONTRA O DESEMPREGO
A senadora Emília Fernandes (PDT-RS) afirmou hoje (dia 19) que está na hora de o governo sair da teoria e colocar em prática medidas concretas e objetivas para combater o desemprego. A série de reuniões que o presidente da República tem realizado com ministros e sua equipe econômica, de acordo com a senadora, "além de ocupar manchetes e fazer demagogia, em muito pouco contribuiu para enfrentar o grave problema do desemprego, que está levando milhões de brasileiros ao desespero".
Para Emília Fernandes, medidas pontuais, tópicas e acessórias são insuficientes, pois o mal do desemprego tem que ser atacado em sua raiz, que é a falta de crescimento econômico.
- O que o Brasil precisa e a sociedade exige são medidas objetivas, concretas e sinceras, no sentido de enfrentar estas situações, afirmando um novo rumo para a economia nacional, que combine desenvolvimento com soberania, valorize quem produz e trabalha, promova a inclusão social e estimule a produção do campo e da cidade. E é preciso, portanto, romper o atual modelo de submissão ao capital especulativo externo - disse.
Na avaliação da senadora, a principal condição para a vigência de direitos humanos, em qualquer sociedade, é a garantia do direito ao emprego, ao trabalho, ou seja, à existência, à sobrevivência e à própria vida. "É preciso, urgentemente, elevar a questão do direito ao trabalho a um patamar superior de discussão no Brasil e em todo o mundo, superando o atual estágio de resignação".
Emília Fernandes considerou inaceitável que a evolução da ciência, da tecnologia e do conhecimento seja patrimônio de alguns países, ou de algumas poucas corporações ou famílias, em detrimento do avanço, da melhoria das condições de vida e do desenvolvimento do conjunto da humanidade.
- É tão fundamental quanto possível enfrentar e reverter este quadro que, por incompetência ou conivência, está condenando o Brasil ao atraso, ao subdesenvolvimento e à pobreza, e dar ao nosso país e ao nosso povo um outro destino, que é o do progresso, da valorização social e da igualdade - frisou.19/03/1998
Agência Senado
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